Rolex seleciona brasileiro para programa Mestres e Discípulos

10 de junho de 2016

Julián Fuks (dir) terá Mia Couto, de Moçambique, como orientador no Programa Rolex de Mestres e Discípulos 2016-2017 (Divulgação)

A Rolex anunciou na última terça-feira (7) os sete jovens artistas que terão um ano de colaboração criativa, auxiliados por um tutor, no Programa Rolex de Mestres e Discípulos 2016-2017. O brasileiro Julián Fuks foi selecionado na categoria literatura e terá Mia Couto, de Moçambique, como orientador.

Indicado para os principais prêmios literários do Brasil, Fuks recebe elogios por seu trabalho desde que conquistou um mestrado na Universidade de São Paulo. Seu último romance, “A resistência”, que ele considera o mais importante dos cinco livros que escreveu, tem sido festejado por sua precisão linguística e lirismo.

O programa, lançado em 2002, é uma iniciativa filantrópica bienal que reúne alguns dos maiores artistas do mundo a discípulos em sete disciplinas. Os mestres para este oitavo ciclo da iniciativa são: Sir David Chipperfield (arquitetura), Mia Couto (literatura), Alfonso Cuarón (cinema), Philip Glass (música), Joan Jonas (artes visuais), Robert Lepage (teatro) e Ohad Naharin (dança).

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O objetivo principal do programa é transmitir o conhecimento artístico de uma geração para outra e perpetuar a arte, em diversos continentes e culturas, ao colocar jovens prodígios em contato com mentores renomados, para dividir experiências e trocar conhecimento. “O novo ingresso de discípulos eleva para 50 o número total de jovens artistas apoiados pela Rolex desde o lançamento do programa, em 2002”, afirma Rebecca Irvin, diretora de projetos filantrópicos da marca. “Isso demonstra tanto o propósito do programa, de revelar os melhores talentos do mundo, quanto sua diversidade geográfica.”

O programa aceita inscrições apenas por convite, seguindo a indicação de um candidato em potencial por especialistas anônimos em cada campo. Para a oitava edição, os olheiros internacionais identificaram 159 artistas de 53 países para se candidatarem à tutoria; desse grupo, três ou quatro artistas de cada disciplina foram escolhidos como finalistas. Nesse estágio, o mentor de cada disciplina conhece e escolhe seu discípulo.

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Cada dupla mestre-discípulo vai trabalhar junta pelo mínimo de seis semanas, embora fique em contato o ano inteiro. Os participantes compartilham os destaques da interação durante o Fim de Semana de Artes Rolex, no final do período de orientação.

Cada discípulo recebe 25.000 francos suíços (mais de R$ 87 mil), complementado por mais 25.000 francos suíços como apoio para um novo trabalho apresentado depois do ano de tutoria.

Os destaques das edições anteriores do programa foram: Martin Scorcese, como mentor de cinema; Gilberto Gil, como mentor de música; Olafur Eliasson, como mentor de artes visuais; e Alejandro Gonzáles Iñárritu, como mentor de cinema.