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Na abertura do evento estavam o Rei Carlos XVI Gustavo e sua esposa Rainha Silvia, da Suécia, além do presidente Michel Temer e de Paulo Skaf, presidente da FIESP. Na ocasião, o Global Child lançou, em parceria com o Boston Consulting Group, um estudo sobre a performance de empresas da América Latina em relação aos direitos das crianças.
Os resultados demonstram que ainda há muito a ser feito: de 9, pontuação máxima, a média da região ficou em 2,2. A média global foi de 2,9.
As companhias que conquistaram entre 6 e 9 pontos já se mostram alinhadas, pelo menos em alguns aspectos, com a importância das crianças na hora de se pensar o mercado. No Brasil, destacaram-se Banco do Brasil, Bradesco, EDP e Klabin. Entre as empresas sul-americanas, as mais relevantes foram BCP, EcoPetrol, Celesc, Weg, Holcim, Grupo Famillia, Falabella, Telecom e Duratex.
Países da América do Sul tiveram média de desempenho de 2,3 em uma escala que tem 9 como pontuação máximaSergio Piza, diretor de Gente & Gestão da Klabin, enfatizou a importância de cuidar da empresa desde antes mesmo de sua criação. “Há cerca de dois anos, nós tínhamos o desafio de construir uma unidade de produção de celulose muito importante em Ortigueira (PR). Na época, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade era muito baixo. Também fizemos um estudo do impacto socioambiental. Esses levantamentos revelaram que era necessário prestar atenção à questão da exploração sexual de crianças e à violência infantil, associada a construções de grande porte.” Para prevenir, a empresa adotou diversas medidas: contratou trabalhalhadores nativos, disponibilizou acesso à internet, treinou a equipe para assuntos relacionados a exploração e DST’s. Segundo o executivo, o resultado foi positivo, pois deu base para prevenir problemas e prestar assistência.
A empresa de energia EDP Brasil relatou que as políticas contra trabalho infantil são de extrema importância para ela, assim como para todos com quem se relaciona – inclusive investidores – , levando, inclusive, à elaboração de um Código de Ética que deve ser respeitado. A companhia revelou seu compromisso em não utilizar mão de obra infantil em nenhuma etapa da cadeia produtiva, acompanhando empresas terceirizadas de perto. Em caso de descumprimento das regras, elas podem ter seus contratos suspensos.
Como uma forma de impulsionar a ação, o Global Child lançou o desafio #30ways30days, que tem o objetivo de fazer com que as empresas tomem iniciativas para garantir os direitos das crianças durante o decorrer deste mês.