Intuição é a principal forma de inteligência

22 de setembro de 2017
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Pessoas inteligentes – aquelas que dão grandes saltos intelectuais – não podem fazer isso sem usar a intuição. (iStock)

A intuição, de acordo com Gerd Gigerenzer, diretor do Max Planck Institute for Human Development, é menos “saber” a resposta certa instantaneamente e mais entender instintivamente qual informação não é importante e, portanto, pode ser descartada.

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Gigerenzer, autor do livro “Gut Feelings: The Intelligence of the Unconscious” (ainda sem versão em português), diz ser, ao mesmo tempo, intuitivo e racional. “Em meu trabalho científico, eu tenho pressentimentos. Às vezes, eu não consigo explicar por que acho que um determinado caminho é o certo, mas eu preciso confiar nele e ir em frente. Eu também tenho a habilidade de checar esses pressentimentos e descobrir no que eles consistiam. Essa é a parte científica. Agora, na vida pessoal, eu confio na intuição. Quando eu conheci a minha esposa, por exemplo, eu não fiz cálculos. Nem ela.”

No entanto, este não é um assunto no qual costumamos pensar. A intuição nunca foi considerada uma forma de inteligência. Porém, você consideraria que alguém que tem uma ótima intuição tem mais inteligência?

A resposta é sim, especialmente quando se trata de pessoas que já são intelectualmente curiosas, rigorosas na sua busca por conhecimento e dispostas a desafiar suas próprias conclusões.

Se tudo o que alguém faz é sentar em uma cadeira e confiar na intuição, ele não está exercitando muito a inteligência. Mas, se mergulhar mais profundamente em um assunto e estudar numerosas possibilidades, estará exercitando a inteligência quando o seu instinto diz o que é – e o que não é – importante.

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Em alguns casos, a intuição poderia ser pensada como um entendimento claro de inteligência coletiva. Por exemplo: a maioria dos websites de hoje são organizados de uma maneira intuitiva, o que significa que são mais fáceis de entender e navegar. Essa abordagem, desenvolvida depois de muitos anos de caos online, emergiu como uma sabedoria popular sobre qual informação era supérflua e qual era essencial.

Theo Humphries argumenta que o design intuitivo pode ser descrito como “compreensível sem o uso de instruções”. Isso é verdade quando um objeto faz sentido para a maioria das pessoas, porque elas compartilham um entendimento comum de como as coisas funcionam.

O poder está na intuição disciplinada. Ao fazer seu trabalho braçal, usar seu cérebro e compartilhar argumentos lógicos, torna-se prudente confiar e respeitar seus poderes intuitivos. Mas, se você simplesmente sentar em sua rede e quiser confiar em sua intuição, é melhor tomar cuidado.

Apesar de essa ser uma paráfrase de seus pensamentos sobre o assunto, Albert Einstein foi amplamente citado pela frase: “A mente intuitiva é um dom sagrado e a mente racional é um servo fiel. Nós criamos uma sociedade que honra o servo e esquece o dom”.

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Às vezes, um mandato corporativo, um pensamento de grupo ou o seu desejo de produzir um certo resultado podem fazer com que a sua mente racional vá na direção errada. Em situações como essas, é a intuição que detém o poder de salvar você. Aquele “mau pressentimento” que insiste em ficar ali é a sua intuição dizendo que, não importa o quanto você queira ir nessa direção, é o caminho errado a seguir.

Pessoas inteligentes escutam esses sentimentos. E as pessoas mais inteligentes ainda – aquelas que dão grandes saltos intelectuais – não podem fazer isso sem usar a intuição.