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O ex-presidente apontou, ainda, que a desigualdade vai além das diferenças que existem entre os cidadãos dos nossos próprios países. “Assim como trabalhamos para reduzir a desigualdade em nossos países, temos de trabalhar para diminuir a diferença entre países ricos e pobres. Essa não é a coisa certa a se fazer – é a inteligente”, disse Obama, que utilizou as mudanças climáticas como um exemplo de problema que só poderá ser resolvido a partir da cooperação internacional.
Outro tema alvo de discussões constantes na mídia abordado por Obama foi a questão migratória. “Precisamos de um consenso renovado de abertura para pessoas de culturas diferentes e que tenham aparência física diferente da nossa. A minha esperança é que nós vejamos isso como uma fonte de força e não de fraqueza”, disse. Segundo o ex-presidente, a migração ordenada pode ajudar uma nação a avançar, com novas ideias e pontos de vista.
Além dos refugiados, Obama defendeu a inclusão de mulheres, negros e crianças no sistema educacional. “Países que não educam mulheres, negros e crianças no mesmo ritmo do que os homens não são bem-sucedidos porque metade de sua força está sendo deixada para trás e talentos estão sendo desperdiçados.”
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A situação, segundo ele, é agravada pela internet, que “tem potencial de espalhar conhecimento, mas também dá poder aos que espalham ódio e morte”. A tecnologia muda a maneira como as pessoas consomem informação, o que pode levar a tendências de divisão. “Estamos mais conectados do que nunca, mas é mais fácil ficar preso em nossas próprias bolhas, onde só ouvimos pessoas que pensam igual a nós mesmos e nunca desafiamos as nossas premissas. Tudo o que lemos é o que um algoritmo disse que deveríamos ler”, disse. O ex-presidente defendeu como possíveis soluções para esse problema o cultivo do jornalismo independente e o estímulo à concorrência entre veículos de mídia. Segundo ele, nenhum tipo de censura governamental sobre a mídia pode ser positiva.