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A Reuters revisou mais de 350 páginas de uma investigação sigilosa da polícia federal sobre Alexandre Ventura Nogueira, que passou dois anos no Brasil depois de fugir do Panamá em 2012. O inquérito não foi previamente divulgado. Uma investigação feita pela Reuters e pela NBC News descobriu que Nogueira foi crucial para vender muitas unidades do hotel Ocean Club International Hotel and Tower de Trump na Cidade do Panamá.
Nogueira, de 43 anos, contou à Reuters que lavou dinheiro para oficiais corruptos no Panamá, mas disse que não estava ciente da investigação federal contra ele no Brasil. Ele negou a infração no país e disse que não enfrenta acusações criminais aqui.
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O brasileiro foi detido por autoridades do Panamá em 2009 sob acusações de fraude e falsificação, não relacionados ao projeto de Trump. Solto depois de pagar uma fiança de US$ 1,4 milhão, saiu do país e foi considerado fugitivo pelo Panamá.
Nogueira confirmou à Reuters que ele fez transferências financeiras do Panamá para o Brasil, algumas vezes utilizando um pseudônimo, incluindo o nome Ukstin, mas afirma que era seu próprio dinheiro.
O Citibank, o Banco do Brasil e o Santander não quiseram comentaram o assunto. Os porta-vozes do HSBC e do Citibank dos Estados Unidos se recusaram a falar sobre as contas de Nogueira no Panamá.
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O brasileiro afirmou à Reuters que a empresa era legal e os casos surgiram de eventos fora do seu controle. Ele disse que deixou o Brasil com apenas alguns milhares de dólares. Seus antigos parceiros de negócios por aqui alegaram em processos que ele os enganou sobre centenas de milhares de dólares.
A Polícia Federal procurou assistência da Interpol, que confirmou que a polícia do Panamá também abriu um inquérito sobre uma suposta lavagem de dinheiro por Nogueira, mas não forneceu mais detalhes.
A polícia brasileira afirma que a última vez que soube do paradeiro de Nogueira foi em 2015 – quando ele foi encontrado em um país do sudeste da Ásia. Mas sem um mandado ou cobranças no Brasil, a polícia não poderia monitorar seus movimentos.