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“Considero a entrada de Gates nesse jogo e sua decisão de destacar a importância dessa causa ao mundo será um ‘game changer’”, disse Vradenburg. “Vejo que ele seguirá com investimentos adicionais e vai planejar uma estratégia muito mais consistente. Este foi apenas o primeiro passo.”
Em declarações e entrevistas, Gates sempre reforça a importância das pesquisas mantidas pelo Cure Alzheimer’s Fund, que, com mais investimentos, devem trazer resultados promissores ao mercado.
A organização sem fins lucrativos foi fundada em 2004 para ajudar a promover pesquisas para prevenir, desacelerar ou reverter o mal de Alzheimer. Desde sua criação, já contribuiu com mais de US$ 55 milhões e financiou iniciativas que foram responsáveis por muitos avanços-chave, entre eles, o pioneiro “Alzheimer’s in a Dish”, da Universidade Harvard. Neste estudo, cientistas especializados em células-tronco converteram com sucesso células da pele de pacientes com Alzheimer em estágio inicial nos tipos de neurônios afetados pela doença, o que tornou possível estudar pela primeira vez o Alzheimer em células humanas vivas. “Com 100% dos fundos levantados destinados diretamente para pesquisas, o Cure Alzheimer’s Fund foi capaz de apoiar algumas das melhores mentes científicas no campo da pesquisa de Alzheimer”, disse Armour.
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“O Alzheimer é um grande problema, um problema crescente, e a escala da tragédia, até mesmo para pessoas que permanecem vivas, é muito alta”, disse o bilionário, em entrevista a Reuters.
“Uma epidemia mundial de Alzheimer é iminente, com a crise tanto na saúde quanto na economia, e precisamos de todos os jogadores para evitar isso. Não consigo pensar em ninguém melhor do que o Bill Gates”, disse Vradenburg.
Gates afirma que hesita em estimar quando uma cura deve ser encontrada ou um remédio eficiente deve ser desenvolvido, apesar de esperar grandes desenvolvimentos ao longo da próxima década. “Espero que nos próximos dez anos já existam remédios poderosos, mas é possível que isso não seja alcançado.”
Segundo a Reuters, o bilionário diz que gostaria de ganhar uma concessão para construir uma plataforma de dados global de demência. “Isso tornaria mais fácil para os pesquisadores procurar padrões e identificar novos caminhos para tratamento.”
Por meio de seu blog pessoal, Gates escreveu sobre as razões de se envolver na cura do Alzheimer. “Em todas as partes do mundo, as pessoas hoje vivem mais do que costumavam viver. Graças a avanços científicos, menos pessoas morrem jovens de doenças cardíacas, câncer e males infecciosos. Não é mais raro que uma pessoa viva bem ao longo de seus 80 anos e além. Meu pai irá celebrar seu 92º aniversário em algumas semanas, um marco que era praticamente inimaginável quando ele nasceu. Viver mais do que antes deveria ser sempre algo ótimo, mas o que acontece quando não é? Quanto mais você vive, há mais chances de desenvolver uma condição crônica. O seu risco de desenvolver artrite, Parkinson ou outra doença não-infecciosa que diminua a sua qualidade de vida aumenta a cada ano. Mas, entre todas as doenças que nos atormentam na idade avançada, uma se destaca como ameaça particularmente grande à sociedade: o mal de Alzheimer.”
Gates diz que as pessoas que vivem além dos 80 anos têm 50% de chance de desenvolver a doença. E afirma que se interessou pelo Alzheimer “por conta de seus custos, tanto emocionais quanto econômicos, a famílias e a sistemas de saúde”, já que uma pessoa com Alzheimer ou outra forma de demência gasta cinco vezes mais a cada ano em saúde do que um idoso sem uma condição neurodegenerativa.
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