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O Time’s Up Legal Defense Fund fornece suporte legal subsidiado para mulheres que sofreram assédio ou abuso sexual no local de trabalho. FORBES conversou Roberta Kaplan, uma das líderes da entidade, para entender seu funcionamento.
FORBES: O assédio sexual, em particular, pode ser muito difícil de identificar e descrever. Alguns comentários ou toques indesejados podem causar impacto nas mulheres, mas atos isolados ou fora de contexto não parecem ser suficiente para que elas se manifestem. Que tipo de conduta e evidência as mulheres devem ter para provar que houve o assédio no ambiente de trabalho?
Roberta Kaplan: As mulheres que sofrem esse tipo de tratamento, e que vemos todos os dias na mídia, devem pensar em consultar um advogado para saber quais são os seus direitos. Mas é muito contextual – cada caso depende de circunstâncias e fatos únicos. Geralmente, a conduta deve ser severa, invasiva e repetida. Muitas vezes há uma dinâmica de poder envolvida.
FORBES: Quais recursos o fundo de defesa do Time’s Up oferece?
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FORBES: O que mais o Time’s Up quer transmitir às mulheres que enfrentam assédio ou abuso no local de trabalho?
Roberta Kaplan: As pessoas devem perceber que este é um momento sem precedentes na história, onde as mulheres que, por centenas de anos – se não um milênio – , aceitaram certos tipos de conduta com os quais não estão mais dispostas a lidar. A Time’s Up está tendo um grande papel, tanto cultural quanto prático, nesse movimento. O mais importante é que as mulheres continuem a contar seus casos e a apoiar iniciativas como a nossa, que dão uma chance a pessoas que sem ajuda não teriam recursos para agir.
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