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Mateus Simões, 33 anos, é o executivo que está no comando da orquestra. Ele afirma que a arrecadação não é um parâmetro correto para saber se o negócio vai bem ou não. “O retorno financeiro é apenas mais um reflexo do nosso trabalho. A gente faz o que acredita e consegue retorno”, conta ele, que entrou na orquestra em 2009 como assistente da direção, depois de ter passado dois anos na Sinfônica Brasileira. Em seguida, Simões migrou para a área de projetos, foi diretor de marketing e hoje é o que pode se chamar de “CEO da orquestra”. Fundada em 1972, a iniciativa passou a se chamar Orquestra Petrobras Pró Música em 1994 e ganhou o nome atual em 2006, três anos antes da entrada de Simões, até então um fã de punk rock e hardcore que criou uma ligação pessoal e profissional com a música clássica.
Muita banda ou artista de porte médio não consegue fazer 92 shows por ano, mas a orquestra consegue. “Os grandes desafios são a logística e as pautas de cada concerto. Se tem um concerto de metais em Petrópolis, eu posso fazer um de cordas no Rio ou em São Paulo, por exemplo, e temos de jogar com isso. A programação é complexa, e o ano tem ficado pequeno”, diz Simões.
Um dos trunfos da Petrobras Sinfônica para atender a essa exigência do público, que, segundo o “CEO”, deseja ter uma experiência, é a série de concertos que fazem tributos a artistas do pop e do rock. Pink Floyd, Los Hermanos, Michael Jackson e até Balão Mágico já ganharam espetáculos especiais da orquestra, em um movimento para buscar mais público e não ficar preso aos espaços destinados à música clássica. O primeiro espetáculo do tipo foi em outubro de 2015, o infantil “Arca Sinfônica”, inspirado na obra “A Arca de Noé”, de Vinicius de Moraes. Em paralelo, já era pensado e desenvolvido o projeto “Ventura”, que tocou, na íntegra, o disco de mesmo nome do grupo carioca Los Hermanos.
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Veja abaixo, segundo Simões, as diferenças e semelhanças entre o seu trabalho e o de um CEO de uma empresa convencional: