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A Sotheby’s havia estimado que o preço de venda de “Nu couché (sur le côté gauche)” ultrapassaria os US$ 150 milhões, o que fez da pintura a óleo de 1917 de Modigliani a obra de arte de mais alto valor estimado pré-leilão da história dos leilões.
A Sotheby’s logo observou, ainda no decorrer do leilão, que “Nu couché” atingiu o maior preço de qualquer obra nos 274 anos de sua história.
Um sinal da disparada dos preços na alta esfera do mercado de arte foi a mesma pintura ter sido vendida em 2003 por US$ 27 milhões.
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Representantes se viram obrigados a caracterizar a venda como “padrão”, uma admissão tácita de que não se testemunhou o esbanjamento visto em leilões recentes tanto na Sotheby’s quanto na Christie’s.
“Não foi um salão exuberante”, disse Simon Shaw, codiretor de arte impressionista e moderna, à Reuters mais tarde, mas acrescentando que “foi uma venda ordenada, eficiente, que atingiu um total dentro de sua faixa estimada”.
De fato o leilão arrecadou US$ 318,3 milhões, superando a estimativa pré-venda mais modesta de US$ 307,4 milhões. Dos 45 lotes em oferta, 71% encontraram compradores.
Entre os outros destaques estão “Le Repos”, de Pablo Picasso, que atingiu US$ 36,9 milhões e superou a estimativa de US$ 35 milhões, e “Matinée sur la Seine”, de Claude Monet, que rendeu US$ 20,55 milhões, mais perto do valor mais baixo da estimativa de 18 a US$ 25 milhões.
“Lake George with White Birch”, de Georgia O’Keefe, foi vendido por US$ 11,3 milhões, quase o dobro do preço estimado, mas outro Picasso, “Femme au chien”, avaliado entre 12 e US$ 18 milhões, não foi vendido, já que os lances não excederam os US$ 11 milhões.