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O comércio eletrônico está emergindo como um dos maiores impulsionadores do crescimento das marcas de luxo, temerosas inicialmente de diluir sua imagem vendendo online.
Suas ações devem começar a ser negociadas na bolsa de valores de Nova York hoje, depois que a companhia definiu o preço de US$ 20 por papel em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês, acima da faixa de US$ 17 a US$ 19).
A empresa arrecadará US$ 885 milhões na listagem, com a companhia emitindo 33,6 milhões de novas ações e os atuais acionistas, incluindo os primeiros patrocinadores, como a Advent Venture Partners e a Vitrurian Partners, vendendo 10,6 milhões.
O IPO valoriza a Farfetch, fundada pelo empresário português José Neves, em US$ 5,8 bilhões, de acordo com a contagem de ações disponível em seus últimos lançamentos. Ao incluir as opções de ações dos funcionários, isso aumentaria para US$ 6,3 bilhões, disse a empresa.
Os investidores existentes da Farfetch incluem a JD.com, a segunda maior empresa de comércio eletrônico da China, que comprou ações extras ao longo da listagem em uma colocação privada.
A Farfetch – que nunca teve lucro, mas anunciou um salto de 59% no faturamento no ano passado, para US$ 386 milhões – atraiu investimentos de importantes participantes do setor em seu IPO, como a família Pinault, que controla o Kering, grupo francês por trás de marcas como a italiana Gucci.
Para se destacar da multidão, a plataforma está investindo pesadamente em tecnologia, inclusive para os serviços de lojas digitais que está testando com a francesa Chanel, uma das grandes empresas ligadas à Farfetch.