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A IGTV ainda está em estágio inicial, e ganha usuários a cada dia. À medida que a base de seguidores aumentar, ela se tornará uma forte candidata para definir a forma como a televisão será consumida pelas gerações futuras.
Como disse o Instagram em um comunicado de imprensa, a IGTV é “um novo aplicativo para assistir a vídeos verticais de formato longo” na rede social. Você pode tanto baixar o aplicativo como ver os vídeos no Instagram sem fazer download. Nesse espaço digital, é possível produzir — e consumir — vídeos de até uma hora.
Um dos aspectos da nova plataforma que mais chamam a atenção é o fato de os vídeos serem produzidos na vertical. Outras plataformas, como o YouTube e o Facebook, trabalham com o formato horizontal, exigindo que os usuários deitem os smartphones para obter melhor visualização.
Na IGTV, como no Youtube e no Facebook, qualquer um pode ser criador. Para vídeos de uma hora, no entanto, é preciso, ao menos neste início, ter 10 mil seguidores ou mais.
Como a IGTV acaba de chegar, o Instagram tem feito uma forcinha para rechear sua base: o site pressiona seus principais influenciadores para que migrem ou coloquem conteúdo na plataforma. O consumidor de mídia social é um ser ansioso pelo próximo post do seu influenciador favorito. Com as crianças, isso é ainda mais forte: se precisarem fazer o download de outro aplicativo gratuito, provavelmente não verão nisso um problema.
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Uma análise da base inicial de usuários de uma plataforma é algo bastante interessante. Entre os primeiros a aderir, há em geral uma pequena explosão de inovadores (2,5% da população). Mas, conforme a popularidade do produto cresce, os primeiros adotantes (13,5% da população) virão em grupos.
O Instagram apostou nesses dois aspectos e parece ter acertado. A rede social tem visto seus usuários inovadores fazerem uma transição fácil para o novo aplicativo, ao seguir as contas que eles já acompanhavam na mídia social.
IGTV x criadores
Quando o Instagram anunciou seu novo aplicativo de vídeo, muitos foram rápidos em associar a plataforma ao seu homólogo horizontal, o YouTube. O Instagram de fato pensou a IGTV como ferramenta para criadores de conteúdo, inovadores, vloggers e criativos, um público para o qual o YouTube oferece monetização e recursos.
Na videoconferência anual VidCon, realizada em junho na Califórnia, o executivo de desenvolvimento de parceiros estratégicos do Instagram, Jackson Williams, antecipou que a implementação de um programa de monetização deve sair até o final de 2018. Espera-se que seja algo melhor que o esquema do Youtube, que remunera e sustenta criadores, mas com taxas baixas de retorno, e com bastante crítica por isso.
Por ora, é esperar e acompanhar. Com o mundo conectado de hoje, o que a IGTV pode oferecer é ainda mais que monetização: uma plataforma que pode mudar a forma como assistimos TV para sempre.