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A plataforma de comércio eletrônico Kaola, da NetEase, confirmou ter removido os produtos da Dolce & Gabbana. A revendedora de artigos de luxo Secoo afirmou que removeu o catálogo da marca na noite de ontem (21).
No início da semana, a marca emitiu uma série de anúncios nos quais uma mulher chinesa tem dificuldades para comer pizza e macarrão com hashis, o que provocou críticas nas redes sociais. A gafe foi agravada quando circularam imagens que pareciam mostrar o designer Stefano Gabbana fazendo comentários negativos sobre a China.
O tópico rapidamente viralizou na plataforma chinesa Weibo, similar ao Twitter, atingindo 120 milhões de visualizações. A marca cancelou seu desfile em Xangai, que seria realizado ontem, após a repercussão.
A empresa pediu desculpas em um comunicado no Weibo, dizendo que as contas de Gabbana e da marca haviam sido invadidas.
A Dolce & Gabbana não respondeu aos pedidos de entrevista sobre seu catálogo nos serviços chineses de e-commerce.
Celebridades como a estrela de cinema Zhang Ziyi, de “Memórias de uma Gueixa”, criticaram a marca, enquanto o cantor Wang Junkai disse que encerrou um acordo no qual atuava como embaixador da marca.
O clamor contra a marca continuou durante o dia de hoje, com muitos grupos pedindo boicotes.
“Recebemos bem empresas estrangeiras que queiram investir e se desenvolver na China (…), mas empresas trabalhando no país devem respeitar a China e o povo chinês”, disse a Liga Jovem do Partido Comunista, ala da juventude do partido que governa o país, no Weibo.