Morgan Freeman luta pela preservação das abelhas

22 de maio de 2019
Reprodução

Morgan Freeman cria santuário em prol das abelhas e meio ambiente

Resumo:

  • Ator começou a investir no hobby em 2014, depois de compreender que as abelhas são a base do crescimento do planeta;
  • Estudo publicado na revista “Science” relaciona a ligação entre o decréscimo no número de abelhas a uma combinação de parasitas, pesticidas e perda de habitat;
  • Gestão de Trump suspendeu a proibição do uso de pesticidas prejudiciais a abelhas, o que pode agravar o cenário atual de redução no número de insetos.

O ator, diretor de cinema e filantropo Morgan Freeman adicionou um novo título ao seu currículo: apicultor. A celebridade de 81 anos decidiu converter uma de suas propriedades do Mississippi, com mais de 50 hectares, em um santuário de abelhas.

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A incursão de Freeman no setor começou em 2014, época em que conversou sobre seu novo hobby com Jimmy Fallon durante o programa “The Tonight Show”. Na época, Freeman havia começado o projeto há apenas algumas semanas, e falou sobre a sua experiência na preservação das abelhas silvestres em prol do meio ambiente.

Em determinado momento da entrevista, a estrela do cinema explicou os motivos que o levaram a investir no mundo da apicultura. “Há um esforço conjunto para trazer as abelhas de volta ao planeta. Nós não percebemos ainda que elas são a base do crescimento do planeta, da vegetação.”

Freeman importou 26 colmeias do Arkansas para sua propriedade no Mississippi. Lá, ele trabalha para alimentar as abelhas com água e açúcar e tem ajudado a plantar plantas benéficas às abelhas, como magnólia e alfazema.

Freeman contou que, mesmo não usando macacão de apicultor ou chapéu de proteção, nunca foi picado. Ele apenas alimenta as abelhas, sem intenção de colher o mel ou de perturbá-las.

As abelhas x Donald Trump

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A EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) destacou o Transtorno do Colapso das Colmeias como uma das principais causas do declínio no número de insetos nos últimos cinco anos. Se essa situação continuar, uma série de questões ecológicas e agrícolas podem surgir, já que as abelhas desempenham o papel de polinizador das plantas.

No outono passado, a gestão de Donald Trump revogou a proibição do uso de pesticidas que matam as abelhas. A medida havia proibido o uso de produtos neonicotinóides (neonics), que têm sido associados ao declínio das populações de abelhas silvestres em todo o mundo. A combinação desses pesticidas e culturas geneticamente modificadas resistentes levou a mortes generalizadas de colônias de abelhas.

Uma pesquisa publicada pela revista “Science” relaciona o declínio da população de abelhas a uma combinação de parasitas, pesticidas e perda de habitat. Embora não haja evidência de que as abelhas se extinguirão em breve, a redução da espécie continuará a ter efeitos na vegetação e na agricultura em todo o mundo.

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