Logo depois, Ana Paula regressou ao Brasil para liderar uma área que precisava de grande reestruturação. “Era preciso reconstruir o time e, principalmente, a autoestima das pessoas. O turn around foi bem rápido. E não sei se sem essa experiência na China eu teria sabedoria para isso.”
Ela entrou para a IBM em um programa de estágio, que acabou em 1995. Ana Paula foi então para um provedor de serviços da multinacional. “Por um desses acasos da vida, deixei minhas faturas de cartão de crédito no escritório da IBM. Depois de quatro meses liguei para lá para poder pagar e soube que o gerente do escritório estava atrás de mim fazia algum tempo, mas ninguém tinha meu contato. Ele me disse: ‘Ainda bem que a encontrei. Quero contratar você’.” Desde então, não saiu mais da empresa e, além da China, passou por Nova York.
Reconhecida no mercado por sua experiência em inteligência artificial e responsabilidade de dados, Ana Paula atua fortemente para o desenvolvimento de ambientes de trabalho inclusivos e ajustados às profissionais mulheres – ela costuma dizer que não é a mulher que deve se adaptar à empresa, e sim o contrário. “Encontrei poucos exemplos de mulheres em cargos de liderança ou altas executivas, o que acaba inibindo algumas mulheres a perseguirem isso. Ou elas acham que não é para elas ou que é um caminho extremamente árduo, e o sacrifício pode não compensar. Por isso a importância de mais mulheres em postos de liderança. Precisamos criar um ambiente mais aderente e mais inclusivo para a necessidade feminina”, afirma.
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