Cabines telefônicas da WeWork estão contaminadas com formaldeído

15 de outubro de 2019
Reprodução/Forbes

Cabines telefônicas privadas nos escritórios da WeWork no centro comercial Embarcadero Center, em São Francisco, Califórnia

Resumo:

 

  • Segundo a informação fornecida pela WeWork, 1,6 mil cabines telefônicas estão sendo retiradas de algumas de suas unidades nos Estados Unidos e no Canadá depois que testes indicaram níveis elevados de formaldeído;
  • Sem dizer o nome do fornecedor, a WeWork relatou que a contaminação foi causada pelo fabricante do produto.

A WeWork está retirando 1,6 mil cabines telefônicas de algumas de suas unidades nos Estados Unidos e no Canadá depois que testes deram positivo para níveis elevados de formaldeído, segundo a informação fornecida pela empresa na segunda-feira (14) em um e-mail enviado para os locatários e obtido pela FORBES.

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Em agosto, de acordo com o “Business Insider”, um inquilino alertou a companhia de escritórios compartilhados do surgimento de “odor e irritação nos olhos” depois de passar algum tempo dentro das gigantes cabines telefônicas internas do coworking.

Após a realização de testes por um consultor externo, a WeWork informou que descobriu, na semana passada, que as estruturas continham níveis potencialmente altos de formaldeído, produto químico que, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, pode causar “irritação da pele, olhos, nariz e garganta”. Níveis  ainda mais altos de exposição por períodos mais longos podem causar alguns tipos de câncer, de acordo com a entidade.

De acordo com a WeWork, a contaminação foi causada pelo fabricante das cabines, sem, no entanto, revelar o nome do fornecedor. Os equipamentos estão espalhados pelas unidades da WeWork e fornecem um espaço privado para que as pessoas façam chamadas telefônicas. 

A empresa de coworking disse que 1,6 mil cabines telefônicas nos Estados Unidos e Canadá serão retiradas de operação, enquanto outras 700 serão removidas e submetidas a novos testes.

“A segurança e o bem-estar de nossos membros são nossa principal prioridade, e estamos trabalhando para remediar esta situação o mais rápido possível”, informou um porta-voz da WeWork em comunicado.

O fiasco das cabines telefônicas é mais um problema para a WeWork que, no mês passado, implodiu ao cancelar sua oferta pública inicial de ações e demitir seu CEO e fundador, Adam Neumann.

A nova liderança da empresa tenta se distanciar do estilo de liderança de Neumann, de forma a vender os ativos da empresa – inclusive seu famoso jato particular – para cortar custos e levantar dinheiro.

O fundador e CEO afastado da WeWork perdeu seu status de bilionário como resultado da desestruturação da empresa e de sua saída.

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