Qual o melhor investimento para os R$ 500 do FGTS

22 de outubro de 2019

É possível iniciar uma carteira de investimentos com pouco e não precisa haver frequência

Convenhamos, parece pouco começar investir com R$ 500. Mas saiba que este valor pode ser protagonista de uma bela virada em sua vida financeira.

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Ao contrário do que muitos imaginam, pode-se iniciar uma carteira de investimentos com pouco e não precisa ter frequência. Claro que disciplina para destinar uma parte de suas receitas todos os meses aos bons investimentos podem incrementar sua aposentadoria e deixar sua situação bem mais confortável.

Comece um plano de virada com o recurso do FGTS liberado pelo governo federal. Este fundo de emergência funciona como uma espécie de garantia ao trabalhador e só pode ser utilizado em situações específicas, mas o governo deu esse “presente” para estimular o consumo e alavancar a economia. Enfim, você não contava com essa quantia no orçamento e agora tem a chance de partir para um plano de independência.

Mas por onde começar?

Primeiro, abra uma conta em uma plataforma de investimentos independente. Além de pagar bem menos taxas, você terá acesso a uma infinidade de produtos financeiros que certamente irão valorizar mais o seu dinheiro.

Entre as opções, a mais segura de curto prazo é o Tesouro Selic, já que com pouco mais de R$ 100 você consegue começar. Esse investimento é a melhor alternativa para quem não fez ainda sua primeira reserva para incertezas. Não tem risco, exige um valor baixo e você pode resgatar a qualquer tempo com prazo de um dia para estar em sua conta.

Há ainda os CDBs, com liquidez diária, de bancos pequenos, que pagam mais do que os grandes bancos e são boas opções, pois além de ter garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), rendem mais que a poupança. No entanto, há uma certa dificuldade em encontrar aplicações abaixo de R$ 1.000.

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Por outro lado, se você quer aproveitar essa quantia liberada do FGTS para entrar em um mercado mais arriscado, saiba que há boas opções em fundos de ações, fundos multimercados e ainda ações específicas ou ETFs. Porém, no caso de o investidor dispor de somente dos R$ 500, melhor são os fundos de investimentos com baixas taxas de administração. O ideal é que não ultrapasse 1%.

Os fundos imobiliários também entram no hall de opções de renda variável, mas, com essa quantia disponibilizada, você não terá a prerrogativa de diversificar os riscos e terá de concentrar suas aplicações em poucos papéis.

Além disso, leve em consideração um bom fundo de previdência. Não os carregados de taxas de administração e com rendimentos desanimadores. Existem fundos para variados perfis de investidores, concentrados em plataforma de investimentos que cuidarão muito bem seus R$ 500.

Por fim, caso você já tenha um fundo de previdência contratado, poderá ainda pedir portabilidade para outra instituição que tenha melhores opções sem custos envolvidos nessa transição. Sim, pode ser uma contratação esporádica, mas finalmente você faria seu dinheiro trabalhar por você.

Essa atitude deve ser o início da conquista de sua liberdade financeira.

 

Francine Mendes é educadora financeira para mulheres, economista pela Universidade Federal de Santa Catarina, com mestrado em psicanálise do consumo pela Universidade Kennedy. Apresentadora do canal Mary Poupe, no YouTube, e comunicadora na RiCTV Record.

 

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