Ciputra, bilionário indonésio, morre aos 88 anos

27 de novembro de 2019
Reprodução Forbes

Ciputra, de 88 anos, estava internado em um hospital de Singapura

Ciputra, um dos maiores e mais prósperos magnatas da Indonésia, faleceu hoje (27), aos 88 anos. O indonésio, que assim como muitos de seus compatriotas tinha apenas um nome, superou as dificuldades para transformar sua empresa, a Ciputra Development, na maior companhia de capital aberto da Indonésia, com uma capitalização de mercado de mais de US$ 1 bilhão. Ciputra ocupava o 27º lugar na lista de 2018 dos homens mais ricos de seu país e a 1832ª posição no ranking geral de bilionários da FORBES em tempo real, com um patrimônio de US$ 1,3 bilhão.

Ciputra nasceu em Parigi, Central Sulawesi, em agosto de 1931. Presenciou o pai, um pequeno comerciante, ser levado pelas forças de ocupação japonesas durante a Segunda Guerra Mundial. Nunca mais o viu. Apesar dessa e de outras dificuldades, ele conseguiu estudar arquitetura no Instituto de Tecnologia Bandung (ITB) e, em 1957, abriu seu próprio escritório de arquitetura, o Daya Cipta, com os amigos Ismail Sofyan e Budi Brasali. Foi da arquitetura para o segmento de propriedades e expandiu os negócios.

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Além de suas operações na Indonésia, Ciputra conseguiu expandir com sucesso para fora do país, com projetos imobiliários no Camboja, China, Índia e Vietnã. Ao longo dos anos, também passou a atuar em outros setores, incluindo educação, saúde, agricultura, telecomunicações, mídia e seguros.

Ciputra era um apaixonado defensor do empreendedorismo em seu país de origem. Lançou uma universidade que ensinava empreendedorismo, escreveu livros sobre o assunto e patrocinou sites dedicados ao tema. Desde os seus primeiros dias, também atuou como patrono da arte indonésia e da comunidade artística local, acumulando uma das maiores coleções de obras de arte do país de pintores como Affandi, Walter Spies, Sudjoyono e sua artista favorita, Hendra Gunawan, que serviu de inspiração para o hotel Raffles Jakarta, de propriedade do bilionário. Em 2012, sua coleção de arte foi avaliada em US$ 35 milhões.

Doente há algum tempo, Ciputra estava internado em um hospital em Singapura. Ele deixa a esposa Dian Sumeler e quatro filhos: Rina, Junita, Candra e Cakra Ciputra.

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