No primeiro caso, serão escolhidos 10 projetos entre todos os inscritos até 31 de janeiro de 2020 por qualquer pessoa de uma das comunidades pertencentes ao bloco: Rocinha (RJ), Rio das Pedras (RJ), Heliópolis (SP), Paraisópolis (SP), Cidade de Deus (AM), Baixadas da Condor (PA), Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA), Casa Amarela (PE), Coroadinho (MA) e Sol Nascente (DF). O objetivo é arrecadar, no total, R$ 2 milhões, inclusive dos Estados Unidos e da Europa, já que as contribuições podem ser feitas por cartão de crédito no site da eSolidar, plataforma de apoio a causas sociais que hospeda a campanha.
“O fundo pretende apoiar empreendedores, gerando emprego e atraindo investimentos para as favelas. É uma iniciativa modelo que vai mudar a forma como realizamos captação de recursos, fazendo o processo mais eficiente, colaborativo e conectado a uma rede de apoio”, diz Gilson Rodrigues, do G10 e líder comunitário da favela de Paraisópolis.
Segundo ele, os métodos de transferência de recursos usados atualmente com objetivo filantrópico não podem ser totalmente rastreados e demoram muito até chegar ao destinatário – isso se ele tiver uma conta bancária. Além disso, cerca de 30% de todos os donativos são perdidos nesse trâmite.
“Nós criamos, integrada à plataforma já existente, uma infraestrutura financeira na qual as pessoas enviam dinheiro para um smart contact. Esses recursos só são liberados pelo próprio contribuinte mediante a prova de impacto fornecida pela entidade alvo da campanha. É totalmente transparente porque a pessoa sabe exatamente para onde está indo o dinheiro que doou. Além disso, nenhum governo ou banco pode interferir no processo ou bloqueá-lo. E conseguimos muita capilaridade porque cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo têm celulares, mas não têm conta bancária. E uma das principais razões para a pobreza no mundo é justamente a falta de acesso aos serviços financeiros”, explica. “O que estamos oferecendo é um sistema onde qualquer pessoa do mundo com um smartphone e internet pode solicitar um microcrédito, doar e transferir valores.” Por enquanto, a tecnologia será usada em um aplicativo pelo qual os moradores contemplados pela segunda parte da ação poderão sacar um valor diário para usar em necessidades básicas, como a compra de alimentos e gás.
Para Daniel Cavaretti, CEO do Canal Transformadores – um centro de estudos de negócios e produtos para comunidades que tem como meta promover ideias de transformação social e econômica por meio da qualificação – esta não é uma iniciativa assistencialista. “É um passo para dar visibilidade para o grande potencial de se desenvolver negócios nessas áreas urbanas, gerando resultados para todos os envolvidos. A medida trará recursos para comunidades brasileiras e ajudará no aumento da circulação de dinheiro nessas regiões, buscando criar cases de empreendedores de sucesso que possam servir de base para a modelagem de negócios nessas regiões, atraindo empresas e fundos de investimentos e inspirando os milhares de moradores de comunidades”, diz.
Em busca de talentos
Fabio Zveibil, vice-presidente de desenvolvimento da Creditas, acaba de voltar dos Estados Unidos, onde esteve para apresentar a fintech para alunos de MBA das principais universidades do país, entre elas, University of Chicago Booth School of Business, Harvard Business School e MIT Sloan School of Management. O objetivo da iniciativa, que acontece pela segunda vez, é buscar talentos para as mais diversas áreas da empresa, de recursos humanos a tecnologia e finanças. “Interagimos com mais de 100 alunos e foi muito bom ver o interesse deles, não apenas dos brasileiros que estudam lá, mas de estudantes do mundo todo”, conta o executivo. “O ecossistema de fintechs está muito ativo, mas ainda há inúmeras oportunidades pela frente”, continua Zveibil, que também participou da 2019 Latin American Conference, organizada pela Harvard Business School e MIT Sloan para discutir os desafios e oportunidades de negócios na América Latina. Na primeira edição do Creditas MBA Tour, em março deste ano, a empresa contratou 10 pessoas, que ficaram alocadas nos escritórios de São Paulo por um período de três a 10 semanas. Agora, a ideia é ter mais uma dezena de novos talentos como parte da empresa.
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Cooperação pelo Nordeste
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Expansão
Com investimentos de cerca de R$ 700 milhões, a multinacional japonesa AGC Vidros inaugurou oficialmente hoje (21) uma nova planta na cidade de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. A fábrica, localizada ao lado da primeira unidade, vai permitir a ampliação da capacidade produtiva em 140% e aumentou a área construída em 50%, chegando a 150 mil metros quadrados. O novo forno tem capacidade para produzir até 850 toneladas diárias de vidro plano. Aproximadamente 200 funcionários foram contratados para a nova operação.
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