A bolsa brasileira segue em recuperação consistente hoje (28) de parte das perdas de ontem, quando os mercados globais mergulharam num clima de aversão ao risco diante da disseminação do coronavírus pelo mundo.
Às 15h37, horário de Brasília, o Ibovespa subia 1,29% aos 115.961 pontos.
O gatilho para o medo dos investidores ontem foi a correção do alerta global feito pela Organização Mundial da Saúde. Na semana passada, a OMS havia divulgado um alerta “moderado” para o novo vírus e, ontem, admitiu que a situação é de alerta “elevado”.
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O coronavírus já matou mais de 100 pessoas e infectou mais de 4.500 na China, em países vizinhos e em outros continentes.
“O mercado já comenta uma estimativa de queda do PIB (Produto Interno Bruto) chinês em torno de 0,8% no primeiro trimestre de 2020”, alerta Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante, escritório de análise.
Guimarães explica que a bolsa brasileira tende a ser mais sensível às notícias sobre o coronavírus pelo peso no Ibovespa das ações de companhias exportadoras para a China. “Vimos ontem fortes perdas em ações de siderúrgicas e companhias de mineração e de produção de commodities que são os papeis mais pesados do índice”, explica.
Ainda de acordo com o especialista, a expectativa, agora, é com a decisão sobre juros nos Estados Unidos do Federal Reserve, aguardada para amanhã à tarde.
Aqui no Brasil, a Levante estima um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. “Estimamos 80% de chances deste corte na Taxa Selic”, afirma Guimarães.
No mercado de câmbio, ao contrário de ontem, o dólar opera perto da estabilidade em relação ao real e tinha ligeira baixa de 0,06% a R$ 4,20. O euro apresentava desvalorização de 0,13% a R$ 4,62.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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