A interpretação de que o Copom se mostrou mais brando na sinalização de política monetária, com possibilidade de mais corte de juro, também influenciou negativamente o real.
“Para nós, a ata mostrou maior flexibilidade vis-à-vis o comunicado pós-decisão de política monetária, reforçando nosso call de que o Comitê vai cortar a Selic em 0,5% no próximo encontro devido à piora nos dados econômicos”, disse o Citi em nota.
A Selic está atualmente em 3,75% ao ano, e a curva de DI projeta 60% de chance de novo corte de 0,25% em maio.
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O dólar à vista subiu 2,21%, a R$ 5,1385 na venda, após duas quedas consecutivas. A alta ocorreu a despeito de o Banco Central anunciar três leilões de venda de dólar à vista, nos quais colocou um total de US$ 739 milhões. No ano, já são US$ 9,654 bilhões injetados no mercado por esse instrumento.
No ano, o dólar salta 25,28%, com o real em depreciação de 20,18%. O Goldman Sachs nota que a moeda doméstica é uma das de pior desempenho no período e que, por enquanto, a incerteza segue afetando a precificação dos ativos brasileiros como um todo.
“Para um investidor tático, notamos que o momento para o piso é não apenas extremamente difícil [de determinar] como os custos de se entrar ‘cedo demais’ podem ser muito dolorosos”, disseram analistas do banco em relatório.
No exterior, o dólar se mantinha impostado contra uma série de divisas emergentes, com destaque para a alta de quase 3% contra o peso mexicano, um dos principais “rivais” do real nos mercados globais de câmbio.
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