Às 10:06, o dólar avançava 2,17%, a R$ 4,7351 na venda, e chegou a tocar a máxima recorde de R$ 4,7950 nos primeiros negócios. Enquanto isso, o dólar futuro saltava 2,45%, a R$ 4,747.
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Segundo ele, a queda acentuada dos preços do petróleo ajudava a estressar os mercados, ainda abalados pelo surto de coronavírus. A Arábia Saudita sinalizou no fim de semana que elevará a produção para ganhar participação no mercado, que já está com sobreoferta devido aos efeitos do coronavírus sobre a demanda.
“Esse é mais um episódio com consequências imprevisíveis sobre as economias”, afirmou Gomes da Silva.
No exterior, o dólar ganhava contra boa parte das divisas arriscadas, como rand sul-africano, lira turca, peso mexicano e dólar australiano, enquanto perdia contra o iene japonês, moeda considerada segura que entra em demanda em tempos de tensões financeiras ou geopolíticas.
Em meio à disparada recente do dólar o Banco Central vem intervindo nos mercados com leilões de swap cambial tradicional e agora de dólar à vista, numa tentativa de injetar liquidez nos mercados.
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“Hoje é um dia complicado, e o caminho do dólar depende de como o Banco Central vai lidar com isso”, disse Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais. “O BC tem reservas suficientes pra gerar liquidez, mas não sabemos o quanto de liquidez que precisa gerar e nem se está disposto a fazer isso.”
Além disso, hoje, o diretor de política monetária da autarquia, Bruno Serra, estava no foco dos investidores à medida que falava em evento da Bloomberg. Ele disse que a conjuntura permite ao BC utilizar todos os instrumentos no mercado de câmbio e que tem instrumentos mais do que suficientes para contrapor o momento de crise, o que tirava alguma pressão do real.
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