Às 10:43, o dólar avançava 2,50%, a R$ 5,1276 na venda, enquanto o contrato mais negociado de dólar futuro disparava 2,47%, a R$ 5,1355. Na máxima do dia, a moeda norte-americana spot tocou R$ 5,2050 na venda, novo pico histórico.
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No exterior, o dólar perdia contra ativos considerados seguros, como iene japonês, enquanto ganhava contra 25 de seus 33 principais pares, registrando altas acentuadas ante divisas arriscadas, como dólar australiano, lira turca, pesos mexicano e chileno e rand sul-africano.
O real tinha a segunda maior depreciação contra a divisa norte-americana entre a cesta de 33 moedas de todo o mundo.
“Isso está dentro do contexto”, disse Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais. “Os mercados estão absolutamente estressados no mundo inteiro; os investidores estão tirando recursos de países emergentes.”
No Brasil, agravando a ansiedade, o governo anunciou ontem (17) que vai pedir ao Congresso o reconhecimento de estado de calamidade pública devido à pandemia e seus impactos na saúde dos brasileiros e na economia do país.
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Ao mesmo tempo, os mercados aguardavam a decisão de política monetária do Copom, que será anunciada hoje, com ampla expectativa de corte da taxa Selic a nova mínima histórica.
Esta semana, o UBS previu corte ainda mais agressivo da taxa básica de juros brasileira, de até 1 ponto percentual.
A redução constante da Selic nos últimos meses vem sido apontada como fator importante para a desvalorização acentuada do real, que já acumula queda de cerca de 28% em 2020. O menor diferencial de juros entre o Brasil e outros países torna alguns rendimentos atrelados à Selic menos interessantes para investidores estrangeiros, o que prejudica o fluxo de dólares no mercado local.
Em meio ao estresse e cautela generalizados, o Banco Central do Brasil marcou presença nos mercados de câmbio hoje.
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“Acho o BC vai continuar atuando”, opinou Bandeira, do Modalmais, dizendo que será necessário esperar para sentir o impacto das medidas da autarquia sobre a força do dólar.
A alta do dólar arrefeceu levemente, de mais de R$ 5,20 para cerca de R$ 5,15, logo após o resultado do segundo leilão de dólar à vista.
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