O dólar à vista encerrou em baixa de 1,69%, a R$ 4,6457 na venda, maior baixa diária desde 4 de setembro de 2019 (-1,79%).
Na B3, o dólar futuro – cujos negócios terminam às 18h – caía 1,66% às 17h33, para R$ 4,6550.
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Notícias sobre a disposição dos principais bancos centrais do mundo para adotar mais estímulos e negociações entre autoridades de governos sobre pacotes de ajuda econômica ajudaram a trazer alguma calma aos mercados em todo o mundo neste pregão.
O principal índice das ações brasileiras saltou mais de 7%, maior alta desde janeiro de 2009. O índice referencial da bolsa de Nova York disparou quase 5%, e o petróleo WTI ganhou 10,4%.
A discussão sobre mais reduções da Selic segue no radar do mercado, já que novo afrouxamento monetário poderia reduzir mais o diferencial de retornos entre a renda fixa brasileira e a de outros países emergentes, o que jogaria contra um fluxo cambial que já está negativo no ano depois de saída líquida recorde em 2019.
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Vicente Matheus Zuffo, diretor de investimentos da SRM Asset, lembra que o real tem se comportado pior que seus pares emergentes desde o último corte de juros pelo Copom (5 de fevereiro), enquanto a curva longa de juros tem caído menos que a parte intermediária.
O Copom volta a se reunir em 17 e 18 de março.
Na véspera, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, afirmou que o câmbio passou a ser o “canal mais relevante de transmissão de política monetária”, reflexo da queda dos diferenciais de juros.
Dado que o real está entre as moedas que mais se depreciam neste ano, a declaração de Serra foi entendida como uma indicação de que o BC está cauteloso com os efeitos da desvalorização cambial sobre a inflação.
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