Especialistas europeus desenvolvem tecnologia para ajudar combate ao coronavírus

1 de abril de 2020
ReutersMassimo-Pinca

A capacidade de rastrear com maior precisão as pessoas em risco de infecção poderia facilitar as restrições à circulação em grandes centros

Um grupo de especialistas europeus disse hoje (1) que em breve lançará uma tecnologia para smartphones para ajudar a rastrear pessoas que entraram em contato com infectados com coronavírus, ajudando as autoridades de saúde a agir rapidamente para impedir a disseminação da doença.

A iniciativa propõe manter um registro de quando um smartphone se aproxima de outro, para que, caso um indivíduo teste positivo para o vírus, outras pessoas em risco de infecção possam ser rapidamente identificadas.

A capacidade de rastrear com maior precisão as pessoas em risco de infecção poderia facilitar as restrições à circulação em grandes centros, que prejudicaram a atividade econômica em muitos países.

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A iniciativa europeia, chamada Rastreamento Pan-Europeu de Proximidade e Preservação da Privacidade (PEPP-PT), segue o uso bem-sucedido de smartphones em alguns países asiáticos que usaram a tecnologia para monitorar a propagação do vírus e o cumprimento de ordens de quarentena, embora seus métodos violem regras estritas de proteção de dados da Europa.

O PEPP-PT, que reúne 130 pesquisadores de oito países, pretende lançar a plataforma até 7 de abril, disse Hans-Christian Boos, fundador da startup alemã Arago e membro do conselho digital da chanceler Angela Merkel.

Merkel, que está em isolamento após ser tratada por um médico que testou positivo para o vírus, disse que recomendará o aplicativo desde que seja eficaz e voluntário. “É claro que eu também estaria preparada para usá-lo para ajudar outras pessoas”, disse ela a repórteres.

Epidemiologistas dizem que o rastreamento de contatos entre as pessoas se tornará uma arma vital para conter epidemias futuras. “Todos sabemos que, como sociedade e economia, não podemos continuar assim por um longo período de tempo”, disse Marcel Salathe, professor de epidemiologia digital no Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne, em entrevista coletiva. “Existe uma maneira mais eficiente de quebrar essa tendência exponencial de crescimento.”

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