Trump anunciou que suspenderia os pagamentos no meio da crise do coronavírus enquanto uma “revisão” for realizada para avaliar o que ele disse a respeito da OMS estar “administrando demasiadamente mal e crise encobrindo informações sobre a disseminação do coronavírus”.
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O fundador da Microsoft, Bill Gates, cuja fundação filantrópica é uma das maiores doadoras voluntárias da OMS, criticou a medida como sendo “tão perigosa como parece” e acrescentou que “o mundo precisa da instituição agora mais do que nunca”.
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, culpou Trump por “ignorar avisos” sobre a pandemia e causar “mortes desnecessárias”.
Ela tuitou: “Agora, mais do que nunca, precisamos da verdade. E a verdade é que Donald Trump desmantelou a infraestrutura entregue a ele, destinada a planejar e superar uma pandemia, resultando em mortes desnecessárias e desastres econômicos. ”
A decisão de Trump ocorreu em vista de quase 2 milhões de pessoas terem contraído o coronavírus –600 mil nos Estados Unidos–, e haverem 126 mil mortes.
Guterres acrescentou: “Agora é a hora da união e da comunidade internacional trabalharem juntas em solidariedade para impedir esse vírus e suas conseqüências devastadoras”.
O órgão com sede em Genebra é a parte da ONU responsável pela saúde pública mundial e tem coordenado a resposta global à pandemia da Covid-19.
Trump ameaçou se retirar do financiamento da OMS nas últimas semanas, apesar dos Estados Unidos se tornarem o centro da pandemia global com mais casos e mortes. O presidente acusa o corpo de estar centrado na China, de modo a declarar uma pandemia tardia e “se opor às restrições de viagens ao território chinês”, segundo declaração dada ontem (14). No entanto, a OMS também sugeriu que os Estados Unidos falharam amplamente em reconhecer a gravidade da doença e seu potencial. A tensão entre o país e a instituição é apenas um exemplo da luta para implementar uma resposta global à pandemia, à medida que Estados a enfrentam de maneira própria, única e às vezes contraditória.
Donald Trump não é o primeiro presidente dos Estados Unidos a cortar o financiamento a um organismo da ONU, mas essa tática de reter ou retirar fundos se tornou uma marca registrada de seu governo. O país deixará de ser membro do Acordo Climático de Paris neste ano depois de Trump ter formalmente retirado os Estados Unidos em 2019. Além disso, ele também afastou a nação do Acordo Nuclear do Irã e do Conselho de Direitos Humanos da ONU, entre outros.
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