Ontem (24), durante um briefing antes da divulgação oficial das contas, Sir Michael Stevens, Guardião do Tesouro Privado (o nome oficial do diretor financeiro da Rainha) alertou sobre um significativo buraco negro de US$ 25,4 milhões para chegar aos US$ 468 milhões necessários para completar a grande reforma de dez anos do Palácio de Buckingham.
VEJA TAMBÉM: Meghan sentiu-se “desprotegida” pela família real britânica durante gravidez
O custo Real
O relatório fornece ao contribuinte do Reino Unido a chance de ver exatamente quanto eles pagam por sua Realeza, por meio do Fundo Soberano, conhecido como Sovereign Grant, um bônus em dinheiro de parte da renda paga ao governo britânico pelo Queen’s Crown Estate, um portfólio de propriedades avaliadas em US$ 17 bilhões.
Em 2019-2020, o Fundo Soberano central de US$ 62,2 milhões para as viagens oficiais da Família Real, manutenção da propriedade e custos operacionais, colocam o custo da Rainha e da Família Real em US$ 0,94 por cidadão do Reino Unido, segundo o arquivo de contas.
A receita necessária para complementar o fundo saltou para US$ 25,7 milhões de US$ 22,7 milhões no ano anterior, o que eleva as despesas oficiais totais atendidas para US$ 88,5 milhões, contra US$ 85,4 milhões no ano anterior. Outros US$ 27 milhões estão sendo gastos na renovação do Palácio de Buckingham como parte de um projeto de uma reforma de dez anos de US$ 468 milhões, no total.
As viagens mais caras
Com a cobertura do fundo para as obrigações reais no exterior, as viagens mais caras relatadas no relatório incluíram a viagem de Harry e Meghan à África, com custo de US$ 313 mil, enquanto a viagem do Príncipe Charles a Omã, após a morte do Sultão Qaboos bin Said, saiu por US$ 267 mil.
E AINDA: Por dentro da fortuna de US$ 500 mi da rainha Elizabeth
O príncipe Andrew, o duque de York, que encara convocações do FBI para falar sobre sua amizade com o financista condenado por abuso sexual Jeffery Epstein, gastou pouco menos de US$ 20 mil em um vôo fretado para a Irlanda do Norte para participar do campeonato de golf do Royal Portrush Golf Club.
Preparado para os custos associados à pandemia e perdas de receita, no relatório da semana passada, o Crown Estate anunciou que vai escalonar seus pagamentos ao Tesouro neste ano em um “processo em etapas”, no qual o valor de US$ 447 milhões será dividido. A primeira parcela de US$ 113 milhões foi paga em julho ao Tesouro do Reino Unido, “com novos pagamentos a seguir conforme as condições comerciais melhoram”.
O comentarista de assuntos da Família Real David McClure disse à Sky News que, embora “as pessoas estejam com um pouco de pena do palácio pelo grande buraco negro financeiro por conta da Covid”, na verdade a realeza recebeu um aumento na renda acima da inflação durante a última década. Sobre o aumento dos custos do Fundo Soberano, ele acrescenta: “Subiu dois terços nos últimos nove anos e se você olhar para a inflação, ela subiu apenas 20%”.
Em maio de 2019, a Forbes estimou o patrimônio líquido pessoal da rainha em US$ 500 milhões, enquanto o valor combinado das participações da Monarquia Britânica com o Crown Estate, o Ducado de Lancaster (um fundo imobiliário), valia cerca de US$ 25 bilhões.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Tenha também a Forbes no Google Notícias.