Escrevo sobre as informações de que na Amazônia e estados do Nordeste a pandemia parece se estabilizar ou regredir, embora São Paulo e Rio ainda continuem com números altos. Mas há já um ligeiro sentimento geral de alívio e, sem dúvida, de desejo pela retomada da vida normal em todo o país. Estamos vencendo o pico e caminharemos, assim, para uma quase normalidade – que será diferente daquela com a qual estávamos acostumados. A adaptabilidade do homem a novas situações, no entanto, tem mostrado saltos de progresso após grandes tragédias.
Lembro-me bem de meu pai, nascido em Saluzzo, no Piemonte (depois naturalizado brasileiro), contando-nos, em 1946, um ano apenas depois do fim da Segunda Guerra, o que vira na Itália pós-destruição: a indústria se recompondo, a Fiat produzindo seu Topolino, a indústria da moda retomando sua posição, a agricultura alimentando o povo, a criação da democracia e o exercício da liberdade que lhes faltara por décadas.
Os dados são animadores: inflação de 2,13% e juros civilizados de 2% ao ano; um novo direcionamento da economia, abandonando-se a renda financeira como padrão de investimentos; e a redução do déficit público pela redução de juros pagos pelo governo. Isso e mais a solidariedade que se criou entre todas as camadas da população nos mostram um futuro melhor.
“De minha parte, acrescento a ótima evolução do agribusiness, que nos permite ser hoje o maior produtor mundial de soja e um dos líderes da produção mundial de alimentos”Outros números são importantes – e agora sigo os dados de José Marcio Camargo, no Estadão do dia 18 de julho: a CNI anunciou que o faturamento do setor industrial cresceu 11,4% e o emprego manteve-se constante; automóveis aumentaram produção e vendas em 129,8% e 113,6%; e os pedidos de auxílio-desemprego caíram 32% em junho. De minha parte, acrescento a ótima evolução do agribusiness, que nos permite ser hoje o maior produtor mundial de soja e um dos líderes da produção mundial de alimentos.
Batemos recordes na oferta de crédito imobiliário; voltamos a mais de 100 mil pontos na Bovespa; temos números eloquentes de empresas abrindo seus capitais…Enfim, dados que confirmam o acerto da política econômica em vigor. Além de criar bases sólidas para a retomada econômica, ela não descurou da área social, com o maior programa de assistência aos desempregados e vulneráveis, atingindo nada menos que 53,9 milhões de beneficiários.
O mundo e a humanidade não acabaram – e não acabarão – com as pandemias que já enfrentamos e que foram ultrapassadas. O ser humano é forte, adaptável. Quanto maior o obstáculo, maior nossa vontade de superá-lo.
No fim, quando enterrarmos a Covid, veremos o Brasil renovado e forte.
Mario Garnero é Chairman do Grupo Garnero e presidente do Fórum das Américas
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