Como a tecnologia se alia à medicina para promover tratamentos menos invasivos

15 de julho de 2021
Digital Art/Getty Images

A medicina faz uso da tecnologia de forma cada vez mais frequente para promover o tratamento e prevenção dos pacientes, como no uso de cirurgias robóticas, que trazem maior precisão técnica

A tecnologia está atrelada a tudo que vivenciamos atualmente em diversas áreas profissionais. Seja na engenharia, na informática, na aviação, e principalmente na medicina.

Cirurgias robóticas surgiram para auxiliar e dar mais destreza cirúrgica ao ato de operar, além de uma maior precisão na técnica. A telemedicina veio para ficar e conseguir aproximar grandes centros de locais longínquos, levando tratamentos atuais assim como conhecimento. Exames de imagem altamente precisos estão à disposição para ajudar no diagnóstico precoce.

Tudo isso graças ao avanço da ciência e da tecnologia.

Na parte da medicina focada em tratamentos estéticos, alguns equipamentos auxiliam no tratamento de gordura, flacidez e celulite. Não é de hoje que as tecnologias vêm sendo aprimoradas ao passar do tempo. Tudo para trazer uma melhora na qualidade da pele do paciente e também da sua composição corporal, buscando entender a rotina, estilo de vida e a busca pela autoestima.Tudo isso visando ainda mais um tratamento menos invasivo e preventivo.

De acordo com a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), nos últimos anos os tratamentos não invasivos aumentaram em 390%, refletindo o comportamento do público que busca algo mais natural e que não precise deixar os afazeres diários por longos períodos, além, claro, do efeito que se busca.

Uma novidade recente no Brasil é a tecnologia para tratamento da musculatura. A tecnologia chamada HIFEM (High-intensity Focused Electromagnetic) promove a hipertrofia e hiperplasia da musculatura da região do abdômen, glúteo, bíceps, tríceps e também da panturrilha. É uma combinação de fortalecimento e crescimento muscular.

A tecnologia pode ser atrelada ao fortalecimento da musculatura para pacientes com síndrome pós-Covid, pois tais pacientes precisam de reabilitação muscular devido ao longo período acamados e com perdas absurdas de massa muscular. Atletas também podem se beneficiar da técnica porque o equipamento faz uma reabilitação passiva, especialmente em pessoas pós-cirurgias, com impossibilidade de locomoção e até mesmo de treinos mais intensos.

O funcionamento do equipamento promove contrações musculares supramáximas (além do que conseguimos fazer de maneira voluntária durante um exercício) através de um campo eletromagnético de alta intensidade. Essas contrações supramáximas causam uma hipertrofia e hiperplasia muscular com o aumento da definição dos músculos de várias partes do corpo.

Como sabemos que o ganho de massa muscular é extremamente importante inclusive para a manutenção da nossa saúde, procurar tecnologias que nos auxiliam no ganho e manutenção dessa musculatura faz com que estejamos em busca não só de uma melhora da composição corporal, mas também na manutenção e prevenção de doenças.

Mas atenção! As tecnologias são nossas aliadas e não substituem, por exemplo, o exercício físico e a alimentação adequada e saudável.

Eduardo Rauen é médico formado pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). Integra o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É médico nutrólogo (com título de especialista pela ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia) e do Exercício e do Esporte (com título de especialista pela SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte). Também atua como diretor técnico do Instituto Rauen – Medicina, Saúde e Bem-estar.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.