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Os anfitriões garantem que a mudança de nome não teve a intenção de desprestigiar o mercado americano – ou qualquer outro –, mas sim realçar o DNA de “italianidade” e exclusividade da Ferrari. Faz sentido. Portofino, localizada na Riviera italiana e a 35 km de Gênova, tem 2 quilômetros quadrados e pouco mais de 500 habitantes (que se multiplicam durante os eventos de verão). É considerada a capital italiana do glamour.
Muita atenção foi dada pelos projetistas ao interior do carro. O volante tem novo formato e novos comandos, o painel ganhou quatro displays digitais (incluindo um imenso multimídia full HD no centro (10,2 polegadas) e um divertido touchscreen para o “copiloto” – que agora tem acesso a alguns comandos (como GPS, som, velocímetro etc.).
“É um carro completamente novo”, afirma Pietro Virgolin, senior product manager da montadora. “Da nova direção elétrica ao diferencial eletrônico de terceira geração, do teto de três tempos maior e mais rápido à configuração única do carro (spider e cupê), dos bancos mais leves e mais finos à tela de comandos para o passageiro”, enumera. Além disso, explica, pode-se personalizar o carro por dentro e por fora, atendo-se ou não às opções oferecidas pela montadora (disponíveis no site).
As opções de estilo de condução também procuram agradar diferentes tipos de motorista (ou piloto). No modo “comfort”, graças ao sistema eletrônico de suspensão, desliza-se suavemente por ruas estreitas, valetas e irregularidades – e de modo surpreendentemente silencioso (o rugido do motor 3.9 V8 turbo só fica mais evidente ao ligar o carro e em acelerações bruscas). Na posição “sport”, o motor fala mais alto o tempo todo. A terceira opção do seletor desliga todos os controles automáticos, e o carro fica totalmente “na mão” do condutor – coisa para poucos e bons.
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O novo sistema de ar-condicionado promete aquecer os ocupantes mesmo com a capota aberta. Tentei, mas os ventos gelados que sopravam do Adriático falaram mais alto. O comando do teto precisa ser pressionado durante todo o processo de fechamento. Foi o que fiz.
As novas soluções aerodinâmicas, a redução (tímida) de peso e os avanços mecânicos resultaram, segundo os engenheiros ferraristas presentes ao International Media Test Drive, em redução de emissões. O meio ambiente que me perdoe, mas isso foi a última coisa com a qual me preocupei ao pisar naquele acelerador – que responde com uma rapidez viciante.
Com’è Difficile…
Interessante como é fácil entrar nesse carro. Não é tão baixo quanto parece, e você não precisa desabar sobre o banco. Interessante como é fácil ajustar o próprio banco, espelhos, tudo. Como é fácil ligar o carro com dois toques no botão vermelho. Alternar a troca de marchas (são sete à frente) entre o modo automático e as borboletas no volante. Andar devagarinho por ruas estreitas ou desafiar as leis da física e da polícia pisando fundo nas estradinhas da região da Puglia. Por mais que os 140 quilômetros que percorremos no dia do test drive fossem cheios de curvas, bastava uma pequena reta para, sem esforço, chegar a 180, 200, 220 km/h. O motor respondia imediatamente ao leve toque no acelerador, assim como os freios faziam sua parte com suavidade e perfeição. Dirigindo no modo “comfort”, a Portofino corrigia pequenas barbeiragens, como uma aceleração desproporcional numa saída de curva, que a fez dar uma leve “sambada” de frente. A resposta do motor, a intuitividade dos comandos, a ergonomia do banco e a empunhadura do volante dão a impressão de que ela foi feita para você. Interessante como é difícil sair desse carro.
Veja, na galeria de fotos abaixo, os detalhes da nova Ferrari: