Vamos imaginar a seguinte situação: fumaça está saindo pelas orelhas do executivo sênior que vamos chamar de Ralph. E, quanto mais o especialista em comunicação e marketing Zach Messler fala, mais irritado ele fica.
Messler estava produzindo alguns vídeos para a empresa de Ralph, que não gostou do segundo, cuja abertura era muito parecida com a do primeiro. O especialista havia tido uma visão diferente para o material e estava tentando argumentar que a ideia era abandonar a abordagem conservadora que a empresa normalmente adotava.
Ralph começou falando sobre duas coisas que não pareciam logicamente conectadas. “É muito longo, é muito longo”, disse ele. “Você tem que adicionar imagens de arquivo no começo.”
Segundo sua própria descrição, Messler é um cara emocional. Ele sabe que isso pode ser, ao mesmo tempo, uma força e uma fraqueza, e trabalhou muito para ficar calmo e evitar perder a calma diante de situações cheias de raiva e irracionalidade.
Ele então perguntou em voz baixa: “Como a inclusão de imagens vai tornar o vídeo mais curto?”. Ralph explodiu. Ele literalmente jogou as mãos para o ar e saiu da sala.
A propósito: Messler é uma pessoa real. Ralph também, mas, por razões óbvias, seu nome foi trocado.
Quando ficamos bravos, perdemos a inteligência. Muitos lutadores profissionais de artes marciais dizem o mesmo: se você ficar com raiva em uma luta, você perde.
A raiva causa o que é chamado de visão em túnel. Ela reduz os sentidos, portanto, reduz significativamente a nossa capacidade de tomar decisões inteligentes. Isso, em parte, é o motivo pelo qual pessoas raivosas têm uma tendência a jurar e dizer a mesma coisa repetidas vezes: elas, literalmente, tornaram-se estúpidas demais para fazer qualquer coisa que seja remotamente inteligente.
Imagine a seguinte situação hipotética (baseada em experiências reais):
Funcionário (uma hora depois da explosão): “Você realmente quer que eu demita todo o escritório de Los Angeles?”
Chefe: Eu disse isso?”
Veja, a seguir, um trecho do artigo “Medindo a Inteligência Emocional: Desenvolvimento e Validação de um Instrumento”, que resume bem as conclusões de um amplo espectro de pesquisadores:
“As pessoas com alta capacidade de controlar o emocional são capazes de desafiar seus humores e bloquear pensamentos negativos. Além disso, aqueles que possuem alto controle emocional são moderados, não irritáveis ou verbalmente hostis. As pessoas irritáveis são impacientes, perdem o ânimo com facilidade e deixam pequenos estresses sem importância as incomodarem. Comportamentos associados à hostilidade verbal incluem entrar em discussões, usar linguagem forte, levantar a voz e dizer coisas desagradáveis. Quando a raiva se mostra contraprodutiva em determinada situação, e um indivíduo continua a se comportar com irritabilidade e hostilidade, o seu baixo controle emocional está sendo demonstrado.”
Em outras palavras, se você não consegue controlar sua raiva nos negócios, você não é inteligente. Em vez disso, aperte o botão de pausa e exiba seu controle emocional.