De onde vem a fortuna dos bilionários do mundo

19 de março de 2019

Segundo o último ranking da Forbes divulgado em março deste ano, 2.153 pessoas construíram sua riqueza de diferentes modos.

Tornar-se um bilionário não é tarefa fácil. Este é um clube do qual fazem parte apenas 2.153 pessoas em todo o mundo, segundo o último ranking da Forbes divulgado em março deste ano, que construíram sua riqueza de diferentes modos – da venda de telas de smartphones para a Apple à construção de um império no setor de andaimes.

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Entre os 195 recém-chegados em 2019, as fortunas foram construídas em indústrias tradicionais, como alimentos e bebidas e manufatura. Mas um punhado de novos bilionários também capitalizou em cima de tendências atuais. Talvez a maneira mais em voga – e controversa – de ficar rico atualmente seja vendendo vaporizadores de nicotina, que é como James Monsees e Adam Bowen, cofundadores da Juul Labs, acumularam suas fortunas avaliadas em bilhões de dólares.

Mas a maioria dos bilionários em todo o mundo não conseguiu chegar aos 10 dígitos. A maior parte das fortunas foi estabelecida graças ao setor de finanças e investimentos. Este ano, 306 bilionários vêm dessa indústria, uma representatividade de 14% do total da lista. Entre eles estão Warren Buffett, a terceira pessoa mais rica do mundo, e Robert Smith, fundador da Vista Equity Partners.

Apesar de o preço do Bitcoin e de outras criptomoedas terem caído em 2018, Brian Armstrong, CEO e cofundador da carteira Coinbase, tornou-se bilionário. Na lista anterior, o segmento de finanças e investimentos também se classificou como a indústria com mais bilionários, com 310 pessoas. Isso dá a entender que gerenciar ou investir o dinheiro de outras pessoas pode fazer com que você fique rico.

Outra maneira de enriquecer é vendendo roupas, maquiagem e outros itens deste mercado. A indústria da moda e varejo é a segunda com mais bilionários, contando com 230 pessoas – 11% do total. Alice, Jim e Rob Walton – herdeiros do Walmart – estão entre as 20 pessoas mais ricas do mundo, junto a Bernard Arnault, da fornecedora de artigos de luxo LVMH, assim como o fundador de Zara, Amancio Ortega, e a herdeira da L’Oreal, Françoise Bettencourt Meyers, a mulher mais rica do mundo.

Os calouros em moda e varejo incluem o brasileiro Luciano Hang, com uma fortuna líquida de US$ 2,2 bilhões construída graças à sua rede de lojas de departamentos Havan; Chen Tei-Fu, que administra a varejista de produtos fitoterápicos Sunrider com sua esposa; e Dani Reiss, cuja fortuna de US$ 1,3 bilhão está ligada à sua empresa canadense de moda de inverno, a Canada Goose.

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Vender casas ou alugar escritórios para empresas também é uma forma popular de ganhar dinheiro. O setor imobiliário aparece em terceiro lugar, com 223 bilionários, pouco mais de 10% do total de pessoas mais ricas do mundo. A China tem o maior número de bilionários em bens relacionados aos imóveis – 55 pessoas, em comparação aos 46 norte-americanos. Hui Ka Yan, presidente do Evergrande Group, é o magnata imobiliário mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 38,3 bilhões. Donald Bren, com US$ 16,4 bilhões, é proprietário da Irvine Co., sediada no sul da Califórnia, a maior incorporadora imobiliária dos EUA. Mas o mais famoso entre os investidores de imóveis é o presidente Donald Trump, cujo patrimônio líquido de US$ 3,1 bilhões permanece inalterado em relação a 2018. Ironicamente, as propriedades mais valiosas de Trump são duas torres de escritórios, uma em São Francisco e outra em Nova York, que não levam seu nome.

Muitas pessoas também estão se tornando bilionárias criando aplicativos, softwares empresariais e outros produtos inovadores populares. A tecnologia aparece em quarto lugar, com 214 bilionários, 10% do total, um aumento de 1% em relação ao ano passado. O crescimento em fortunas construídas sobre a tecnologia tem sido bem grande: em 2005, apenas 42 pessoas tinham patrimônios vindos desta área. Em 2019, 34% de todos os recém-chegados fizeram suas fortunas no setor, superando as outras indústrias. Os novos bilionários da tecnologia vão de Daniel Ek, do Spotify, a Pavel Baudis, cofundador da empresa de segurança cibernética Avast. Safra Catz, co-CEO da gigante de software Oracle, também se juntou à lista este ano graças às suas ações e a 1% de participação na empresa de software fundada por Larry Ellison.

O divórcio também pode ser um empreendimento lucrativo, embora a Forbes não acompanhe esses processos tão de perto. No início deste ano, Jeff Bezos, a pessoa mais rica do mundo, com US$ 131 bilhões em conta, anunciou que ele e sua esposa MacKenzie iriam se separar. MacKenzie poderia sair com US$ 65 bilhões em ações da Amazon, sendo este o divórcio com o maior envolvimento de dinheiro até então no mundo. Sue Gross, que era casada com Bill Gross, cofundador da PIMCO até o divórcio em 2017, juntou-se à lista de bilionários depois de receber, aproximadamente, US$ 1,3 bilhão, uma casa de US$ 36 milhões em Laguna Beach, além de metade da coleção de arte do casal, incluindo uma pintura de Picasso.

Veja, na galeria abaixo, as 10 principais indústrias que mais produzem:

1. Finanças e Investimentos 306 bilionários 14% da lista
2. Moda e Varejo 230 bilionários 11% da lista
3. Setor Imobiliário 223 bilionários 10% da lista
4. Tecnologia 214 bilionários 10% da lista
5. Manufatura 188 bilionários 9% da lista
6. Diversos 188 bilionários 9% da lista
7. Alimentos e Bebidas 171 bilionários 8% da lista
8. Saúde 135 bilionários 6% da lista
9. Energia 85 bilionários 4% da lista
10. Mídia e Entretenimento 71 bilionários 3% da lista

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