Tendo a mãe como empresária, Rico Nasty começou a fazer rap ainda na adolescência
Resumo:
Ranking elege 10 artistas do hip hop mais promissores de 2019;
Corpo de jurados contou com a participação de Nipsey Hussl, que fez parte da lista em 2015 e escolheu seus prediletos do ano dias antes de sua morte em março deste ano;
Rico Nasty é destaque por ainda não ter lançado seu álbum oficialmente, mas contar com uma legião de fãs.
Em uma manhã incrivelmente brilhante no final do South By Southwest, mistura de festival e conferência de música e tecnologia realizada sempre na primavera norte-americana em Austin, no Texas, Rico Nasty sobe ao palco para um painel de discussão – e encontra outra maneira de aumentar seus ganhos. Vestida com um macacão preto e verde-limão, ela posa com seu modelito para as câmeras. Depois do evento, a artista passa alguns instantes falando sobre seu look.
“Eu o comprei há alguns dias e, provavelmente, vou usá-lo uma única vez, mas haverá muitas fotos”, disse a rapper de 21 anos antes de traçar seu plano de vender o macacão por meio do aplicativo Depop, como ela faz com a maioria das roupas que usa em público. “Fizemos, provavelmente, US$ 20 mil nos últimos dois meses.”
Nascida Maria Cecilia Simone Kelly, no bairro do Brooklyn, em Nova York, Rico começou a fazer rap na escola antes de lançar uma série de mixtapes. Ela assinou contrato com a Atlantic Records e ainda não lançou seu álbum de estreia formalmente, mas já está entre as artistas mais proeminentes da música, ganhando um lugar na nova edição da lista os 10 Artistas de Hip Hop Mais Promissores de 2019 da Forbes. E com um número crescente de mulheres como Rico estourando nas paradas do rap, estamos formalmente mudando o nome do nosso ranking para Príncipes e Princesas do Hip Hop.
A lista, apresentada na íntegra abaixo, inclui os dez melhores artistas e produtores com menos de 30 anos em termos de potencial de ganhos futuros, de acordo com o julgamento de um painel formado por especialistas; nenhuma repetição é permitida. A lista de jurados deste ano inclui Nipsey Hussle, um dos eleitos em 2015 que enviou seus votos poucos dias antes de falecer tragicamente em março deste ano; Mickey Shiloh, compositor e Under 30; o membro do Hall da Fama da NBA, Shaquille O’Neal, que se encantou com Rico; e os editores da Forbes Zack O’Malley Greenburg e Natalie Robehmed.
“Rico Nasty é uma das melhores armadoras do hip hop”, diz o atleta, cujo currículo inclui também uma carreira como DJ e rapper. “Na posição de armadora, ela é capaz de marcar de muitas maneiras e de se adaptar ao estilo de jogo. É dinâmica, sempre dedicada ao trabalho, melhorando seu jogo e atualizando seu som”, analisa.
Mas, primeiro, Rico teve que sair do banco. Depois de se mudar de Nova York para Maryland quando criança, ela começou a fazer rap durante a adolescência, tendo a mãe como empresária. Para viabilizar o primeiro show de Rico, elas pagaram US$ 200 para alugar um espaço, imaginando que poderiam dobrar os rendimentos ao cobrar US$ 20 por ingresso. Apenas seis pessoas apareceram.
A artista lembra de reorganizar a vida depois disso: mudou-se da casa de sua mãe e começou a trabalhar para construir sua carreira a partir do zero. Isso significava gravar mixtapes e interagir com seus fãs individualmente – tanto nas mídias sociais quanto pessoalmente, enquanto apresentava performances ao vivo novamente em Washington, DC, Maryland e Virgínia.
“Eu fazia de tudo para levar as pessoas para além dos shows”, diz ela, lembrando seus primeiros esforços para trazer os fãs para o time. “Esta é a minha oportunidade de fazer dessas pessoas amigos da vida, em certo sentido.”
Em 2017, o single “Poppin” foi lançado no YouTube e exibido no Insecure, da HBO. No ano seguinte, Rico assinou com a Atlantic e lançou outra música. Seu pagamento por shows ao vivo começou a subir proporcionalmente. Dos dias de luta para conseguir US$ 100 por show, ela foi para uma média de US$ 7 mil por apresentação antes de conseguir um cachê estimado em US$ 35 mil por seu desempenho no Coachella no último final de semana (ela não confirmou o valor exato). “Cinco dígitos”, ela diz timidamente. “Essa coisa é incrível de dizer em voz alta.”
Rico ainda tem caminhos a percorrer antes de chegar ao nível dos headliners do festival, cujos shows valem cachês de sete dígitos. Enquanto isso, ela está investindo em outras formas de ampliar sua marca. Além do trabalho com o app Depop, ela lançou recentemente uma linha de fones de ouvido com a Skullcandy. E do fornecedor de acessórios de maconha Hemper ela recebe um bônus por cada unidade vendida de narguilé, seda e aromatizadores de ar da linha que leva seu nome.
“Alguém que cria sua própria raia é obrigado a fazer ondas a longo prazo”, diz Mickey Shiloh sobre a jovem artista.
Veja, na galeria de fotos a seguir, os 10 Príncipes e Princesas do Hip Hop em 2019: