Kim Kardashian vai pagar “táxi” para ex-detentos

14 de junho de 2019
Alex Wong/GettyImages

Socialite tornou-se um defensor da reforma da justiça criminal

Resumo:

  • Iniciativa de Kim Kardashian financia a locomoção de ex-detentos por meio de cartões-presente da empresa de transporte compartilhado Lyft;
  • Durante coletiva, Trump anunciou futuro programa para moradia subsidiada e oportunidade de emprego no governo federal para ex-prisioneiros;
  • Agência responsável pela custódia dos presos nos Estados Unidos trabalhará diretamente com os empregadores para ajudar a garantir emprego para os detentos antes que eles sejam libertados;
  • Reforma da justiça criminal é pauta de comum acordo entre republicanos e democratas.

A estrela dos reality shows Kim Kardashian West anunciou ontem (13), na Casa Branca, um programa que dá aos ex-prisioneiros cartões-presente da empresa de transporte compartilhado Lyft para ajudar na locomoção para entrevistas de emprego.

VEJA TAMBÉM: Kim Kardashian estuda Direito após ajudar a reduzir pena de detentas

Segundo Kim, os créditos podem ser usados no transporte para entrevistas de emprego, para ir ao trabalho e para visitar membros da família.

Além do programa de compartilhamento de caronas, o presidente Donald Trump anunciou que seu governo está trabalhando para permitir que pessoas com ficha criminal solicitem moradia subsidiada e empregos no governo federal. Ele não deu mais detalhes sobre quando o programa oficial vai entrar em vigor.

O presidente norte-americano também disse que o Bureau of Prisons (agência responsável pela custódia de indivíduos encarcerados no sistema prisional dos Estados Unidos) trabalhará diretamente com os empregadores para ajudar a garantir trabalho para os presos antes que eles sejam libertados.

Ao apresentar Kim Kardashian no evento de anúncio do programa à imprensa, Trump se referiu a ele como uma “boa pessoa”.

“Eu conhecia o pai dela, e vou lhe dizer que ela tem bons genes. Bons genes para tudo. E ela tem sido uma amiga de verdade, junto ao seu marido, que é um grande amigo meu”, disse Trump.

E AINDA: Kim e Kanye doam US$ 500 mil para combate a incêndios

Kim disse que recebe cartas de ex-presidiários que precisam de transporte para entrevistas ou para ir até os empregos, o que a levou a se interessar em ajudar essas pessoas a se reinserirem na sociedade. “Essas pessoas querem trabalhar”, disse ela.

A reforma da justiça criminal é um dos raros pontos em que democratas, republicanos e Trump concordam. Em dezembro de 2018, o atual presidente dos Estados Unidos assinou o First Step Act – um projeto de lei que permite que os juízes evitem distribuir sentenças mínimas obrigatórias e encurtem sentenças para crimes não-violentos relacionados a entorpecentes.

A Comissão de Sentenças dos EUA descobriu que, desde que a lei entrou em vigor, 1 mil reclusos federais tiveram suas penas reduzidas.

Kim Kardashian é uma protagonista na luta pela reforma da justiça criminal – ela se juntou inesperadamente às linhas de frente na pressão por uma transformação no sistema penal em vigor. Ela fez lobby com Trump no ano passado para mudar a sentença de Alice Marie Johnson, uma avó que estava cumprindo prisão perpétua por delito não-violento com drogas. Com a ajuda de Ivanka Trump e Jared Kushner, Kim conseguiu a atenção do presidente. Alice Marie recebeu clemência em junho de 2018.

LEIA MAIS: O império de US$ 28 milhões de Kim Kardashian

A esposa de Kanye West está envolvida, ainda, na 90 Days of Freedom Campaign (Campanha 90 Dias de Liberdade, em tradução livre), que revisou as sentenças de 17 detentos encarcerados por crimes não-violentos com drogas sob o First Step Act. Ela financia o pagamento de advogados.

A própria Kim está trabalhando para se tornar advogada por meio de um programa de aprendizado de quatro anos com a #cut50 de Oakland – organização bipartidária de reforma criminal cofundada por Van Jones.

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube