- Pelo segundo ano consecutivo, Messi ocupa o 1o lugar entre os jogadores de futebol mais bem pagos do mundo, com ganhos de US$ 127 milhões;
- Cristiano Ronaldo faturou US$ 109 milhões e ficou com o 2o lugar entre os principais ganhadores do esporte. Seu atual contrato de quatro anos, na Juventus, paga um salário anual bruto de US$ 64 milhões e não contém bônus ou incentivos;
- Neymar Jr., do Paris Saint-Germain, que faturou US$ 105 milhões no ano passado, completa o Top 3 dos jogadores de futebol mais bem pagos;
- Estima-se que o atacante do PSG Kylian Mbappé se junte ou até mesmo tome as posições dos três mais bem pagos do ranking nos próximos anos.
A última temporada marcou o fim de uma era no futebol. Pela primeira vez em uma década, não houve nenhum enfrentamento entre os dois maiores jogadores do mundo, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. O épico confronto de 30 partidas do El Clásico (nome dado aos jogos entre os rivais e os clubes mais valiosos do mundo, Barcelona e Real Madrid) chegou ao fim no verão passado do hemisfério norte, quando Cristiano Ronaldo deixou a La Liga da Espanha para se juntar à Juventus na Série A da Itália.
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Mas, por mais triste que essa perda tenha sido para os fãs e para os atletas, incluindo Messi, que admitiu ter sentido falta de competir com o português, ela aparentemente teve pouco efeito sobre a performance ou o dinheiro da superestrela.
Pelo segundo ano consecutivo, Messi assumiu o topo do ranking dos Jogadores de Futebol Mais Bem Pagos do Mundo da Forbes, com ganhos de US$ 127 milhões. Graças à extensão do contrato que assinou em novembro de 2017, que o garante no Camp Nou, em Barcelona, até junho de 2021, ele arrecadou US$ 92 milhões em salário e bônus (antes dos impostos).
Parte desse volume veio do pagamento de incentivos por desempenho. O atacante de 32 anos liderou as tabelas da La Liga tanto por gols (36) quanto por assistências, o que marcou sua quinta temporada com 35 gols ou mais. Também foi a sexta em que o jogador marcou 50 ou mais gols em todas as competições do clube. Ele brilhou na partida até as quartas de final da Liga dos Campeões da UEFA. O argentino foi o maior goleador do campeonato, balançando a rede 12 vezes em 10 jogos.
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Cristiano Ronaldo faturou US$ 109 milhões e conquistou a vice-liderança entre os jogadores mais bem pagos da modalidade. É um aumento insignificante em relação ao seu recorde no ano passado, resultado da redução do salário para se juntar à Juventus após nove anos atuando no Real Madrid. Seu atual contrato de quatro anos paga um salário anual bruto de US$ 64 milhões e não prevê bônus ou incentivos – mas nada que dê para sentir pena dele.
Sob o código tributário italiano, a renda proveniente do país, como o salário que Cristiano Ronaldo ganha jogando pela Juventus, é tributada a uma taxa de 43%. Ganhos externos são tratados de forma diferente e estão sujeitos apenas a um único imposto fixo de cerca de US$ 115 mil.
O atacante de 34 anos está se saindo bem em campo também. Ele marcou 21 gols e levou a Juventus ao oitavo título consecutivo da Série A, tornando-se, neste processo, o primeiro jogador a conquistar títulos da liga na Itália, Espanha e Inglaterra.
De acordo com estimativas da Forbes, ao assumir que ele mantenha o contrato, os patrocinadores e os parceiros atuais (em meio a um caso de agressão sexual movido no tribunal federal dos EUA), Cristiano Ronaldo está prestes a se tornar o terceiro atleta a quebrar a marca de US$ 1 bilhão nesta próxima temporada. O jogador de golfe Tiger Woods foi o primeiro a conquistar o feito em 2009, seguido de Floyd Mayweather em 2017. (Michael Jordan se juntou ao clube de atletas bilionários na aposentadoria, em grande parte devido ao seu contrato com a Nike, e agora vale US$ 1,9 bilhão devido à propriedade do time de basquete Charlotte Hornets.)
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Se o relatório da emissora de televisão estatal “France 2” estiver correto e seu contrato realmente tiver um bônus de cláusula de comportamento, o atacante de 27 anos pode não receber todo esse dinheiro. Nos últimos três meses, ele estampou manchetes internacionais pelos motivos errados.
Em abril, a UEFA suspendeu o brasileiro de três jogos por insultar juízes da partida no Instagram depois que o Paris Saint-Germain perdeu para o Manchester United na Liga dos Campeões. Ele vai perder metade da competição da fase de grupos na próxima temporada. Na mesma semana, ele foi flagrado em vídeo se metendo em uma briga com um torcedor na arquibancada depois da derrota do PSG na Copa da França, e isso resultou em uma suspensão de três jogos promovida pelo seu próprio time. Em seguida, a seleção brasileira retirou sua posição de capitão na disputa da Copa América, atualmente em curso. No início de junho, Neymar foi denunciado por estupro por uma mulher no Brasil, decorrente de um encontro que ela teve com o astro do futebol em Paris em maio.
Esta semana, o presidente do PSG alertou publicamente Neymar, por meio de uma entrevista para a “France Football”, ao dizer que tudo que gostaria é que os jogadores “estivessem dispostos a dar tudo pela camisa”, e que “eles terão que ser mais responsáveis do que nunca”.
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Uma das razões é que eles são os três esportistas mais populares do mundo nas redes sociais e produzem posts de alta qualidade, voltados para o mercado e seus patrocinadores, que lhes dão muito dinheiro.
Cristiano Ronaldo é o mais popular e envolvente deles. Seus 370 milhões de seguidores no Facebook, Instagram e Twitter transcendem os esportes e fazem do atleta uma das pessoas mais seguidas do mundo. Ele ganhou 48 milhões de seguidores no ano passado – um número maior do que o total de seguidores do Manchester United e do campeão da Copa do Mundo da França, Paul Pogba (4º no ranking, com ganhos totais de US$ 33 milhões). Durante sua última temporada com o Real Madrid, CR7 gerou US$ 474 milhões em valor para seus patrocinadores nas redes sociais – um incrível retorno do investimento de US$ 47 milhões – e outros US$ 274 milhões para o clube patrocinado pela Adidas.
O novato de 20 anos e mais jovem da lista fez sua apresentação global na Copa do Mundo do ano passado, quando marcou quatro gols em sete partidas para ajudar a levar a seleção francesa à vitória. Aos 19 anos, ele foi o segundo mais jovem a marcar um gol no campeonato, atrás da lenda do futebol brasileiro Pelé.
Depois de ganhar o prêmio de Melhor Jovem Jogador da Copa do Mundo de 2018, Mbappé retornou ao seu clube e ganhou o prêmio de Jogador do Ano de 2019 da Ligue 1 (primeira divisão da liga francesa de futebol profissional) como seu maior goleador da temporada 2018-2019. Ele fechou patrocínios com a Hublot, que o tornou o primeiro embaixador dos jogadores ainda ativos, e com a fabricante de alimentos para bebês francesa Good Gout. Mbappé confraternizou com David Beckham, estampou a capa da revista “Time”. Doou, ainda, o bônus de US$ 500 mil que ganhou da Copa do Mundo a um hospital francês que organiza eventos esportivos para crianças deficientes.
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“Vemos Kylian [Mbappé] como uma superestrela mundial e, certamente, os EUA são um componente-chave do mercado global”, disse Heidi Burgett, diretora sênior de comunicações globais da Nike. “Nós achamos que ele tem um futuro brilhante com sua marca alegre e rápida no futebol, assim como seu forte senso de propósito dentro e fora de campo.”
Luca Modric, atual jogador do ano da FIFA, não entrou na lista este ano, mas o capitão da seleção croata assinou um novo contrato com o Real Madrid em fevereiro, o que o ligará ao Estádio Santiago Bernabéu, na Espanha, até junho de 2021. Seu salário é equivalente ao de Sergio Ramos, companheiro de equipe, que ocupa o 19º lugar em nossa lista, com ganhos totais de US$ 21,9 milhões, dos quais US$ 19,9 milhões são em salário e bônus. A Nike é sua maior patrocinadora. Em janeiro de 2018, Ramos admitiu no tribunal espanhol a evasão fiscal e concordou em pagar uma multa superior a US$ 1,3 milhão. Ele usou o mesmo advogado que o ex-companheiro de equipe Cristiano Ronaldo.
Para compilar nossa lista dos jogadores de futebol com maior remuneração no mundo conversamos com clubes, agentes, patrocinadores comerciais e especialistas em futebol nos EUA e na Europa. Todos os números são convertidos para dólares norte-americanos e incluem salários do futebol, bônus e patrocínios. Taxas de transferência foram excluídas. Os ganhos englobam o período entre 1 de junho de 2018 a 31 de maio de 2019.
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