A desvalorização na semana, contudo, apenas reduziu o ganho acumulado em abril – quarto mês seguido de alta. O suporte externo ao dólar se somou à escalada dos ruídos políticos domésticos, que, embora amenizados, ainda são vistos como persistentes.
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As divisas emergentes de forma geral destoaram de outras divisas sensíveis ao sentimento de risco global. O dólar australiano, por exemplo, saltou mais de 6% no período.
No dia 24 de abril, data em que Sergio Moro anunciou sua saída do governo, o dólar disparou a uma máxima histórica nominal intradiária de R$ 5,7491.
“Pressões de alta deverão continuar em curso enquanto a moeda seguir acima das máximas de março e do começo de abril”, disseram analistas do Commerzbank. As máximas do começo de abril e do mês de março estão perto de R$ 5,33 e de R$ 5,20, respectivamente.
Para o Credit Suisse, o dólar deverá passar agora por um “longo período de consolidação”, antes de retomar sua tendência de alta. Estrategistas do banco citam indicadores técnicos, como o índice de força relativa em território “pesadamente sobrecomprado” e medidas de “momentum” de prazo mais curto “esticadas”.
“Vemos resistência inicialmente na atual máxima histórica, de R$ 5,7475, que pode limitar [nova alta] por enquanto. Posteriormente, contudo, esperamos finalmente uma fuga desse limite e uma retomada da tendência principal de valorização, com o próximo nível na barreira psicológica de R$ 6”, concluíram.
Na semana, a cotação caiu 4,06%, mas ainda encerrou abril com valorização de 4,69%.
Nos quatro primeiros meses do ano, o dólar disparou 35,51%.
Em leilões realizados em abril, o BC liquidou um total de US$ 6,792 bilhões em swaps cambiais tradicionais com data de início neste mês, maior volume do ano. (Com Reuters)
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