Na tarde de ontem (20), Campos Neto afirmou que a autarquia tem espaço amplo para a venda de reservas internacionais e poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário.
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“A declaração do Campos Neto mencionou que o Banco Central tem instrumentos pra atuar de maneira mais pesada na moeda”, explicou Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong, dizendo que o BC pode evitar uma dinâmica excessivamente negativa do real.
Mas, segundo Serrano, a atuação da instituição daqui para frente “depende muito da dinâmica de mercado. O BC tem atuado de maneira clara: só intervém quando há movimentos exagerados”.
Em meio a cenário de juros baixos, incertezas econômicas e tensões políticas domésticas, o dólar acumula alta de quase 40% contra o real no ano de 2020, e chegou a ficar a poucos centavos de superar R$ 6 na semana passada. O BC fez intervenções pontuais nos mercados diante desse ambiente, mas alguns analistas dizem que foram medidas muito limitadas.
Embora o foco continuasse no BC, os investidores também estavam atentos aos novos desdobramentos na retórica entre Estados Unidos e China e a dados que mostraram nova alta nos pedidos de auxílio-desemprego na maior economia do mundo.
No Brasil, a política segue sob os holofotes à medida que os mercados esperam a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a divulgação de vídeo de reunião que poderia comprometer o presidente Jair Bolsonaro, num momento em que a impopularidade do governo está em máximas recordes.
No último pregão, o dólar negociado no mercado interbancário fechou em queda de 1,23%, a R$ 5,6902 na venda. (Com Reuters)
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