Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,2%, a 78.118,57 pontos, após oscilar da mínima de 78.061,44 pontos à máxima de 80.061,19 pontos, com balanços corporativos também no radar dos agentes financeiros. O volume financeiro alcançou R$ 29,4 bilhões. Na semana, o desempenho está negativo em 2,97%.
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O corte de 0,75% também reforça o ambiente de juros mais baixos no país, que tende a favorecer a migração de recursos para ativos como ações, em busca de mais rendimento.
Mas esses potenciais componentes positivos para o Ibovespa esbarraram em preocupações sobre o tamanho do estrago nas empresas brasileiras, em razão das medidas de confinamento, bem como nas contas do país por causa das ajudas governamentais. Tudo isso tendo de pano de fundo uma cena política mais tensa.
Na quarta-feira, o Senado aprovou o projeto de auxílio a Estados e municípios, que segue à sanção presidencial, que prevê o repasse de R$ 60 bilhões aos entes federativos. O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, afirmou nesta quinta-feira que vai vetar parte do projeto.
“E aí você entra em um sistema não só de colapso econômico, mas de desorganização social”, afirmou na porta do Supremo Tribunal Federal (STF), onde participou ao lado de Bolsonaro e de uma comitiva de empresários de audiência de última hora com o presidente da corte, Dias Toffoli.
Para o analista Ilan Arbertman, da Ativa Investimentos, a declaração alinhada de Bolsonaro e Guedes repercutiu bem, mas não há discurso que tire o risco e a efervescência política do radar dos investidores, que segue penalizando ativos domésticos.
“Tudo isso em um momento frágil da economia do país. Não dá para ignorar ‘termos’ como 10 milhões de empregos perdidos, colapso da economia. Tudo isso tem reforçado o entendimento no mercado de que a retomada da economia pode ser mais demorada do que se previa”, acrescentou.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,15%, apoiado em balanços corporativos, com destaque para os números do PayPal, que ajudaram investidores a desviarem as atenções de mais dados mostrando fraqueza do mercado de trabalho por causa da pandemia de coronavírus. (Com Reuters)
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