Levantamento da FGV sugere que abril pode ter sido o pior momento do mercado de trabalho

Apresentado por
9 de junho de 2020
GettyImages/ Luis Alvarez

Indicador Antecedente de Emprego mostrou uma recuperação de 3,0 pontos em maio

O brasileiro comum deve estar preocupado, ou pelos menos receoso, com o mercado de trabalho. Caso você ainda não tenha alguém da família afetado pela crise do coronavírus, certamente tem um amigo. É difícil não conhecer alguém que já tenha sofrido os impactos econômicos provocados pela Covid-19. Essa foi a conclusão de um levantamento do IBRE/FGV, que consultou mais de 3.500 empresas.

Quando perguntados se a pandemia afetou o trabalho de alguém da família, 57% dos participantes responderam afirmativamente. Dessa parcela, 45% das pessoas relataram que foram impedidas de trabalhar por conta do isolamento social, 25% tiveram redução de salários, 14% suspensão do contrato de trabalho, 12% antecipação de férias e outras 12% foram demitidas. O restante, outros 12%, foi definido como “outros”.

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Outra parte da pesquisa abordou a expectativa de retorno à normalidade. Neste caso, apenas 9,3% dos representantes das empresas de serviços disseram estar operando normalmente. O quadro não melhora muito nos outros setores: na construção, eles são 13,4%, no comércio 13,7% e, na indústria, 15,1%.

No outro extremo das respostas, 36% dos representantes da indústria afirmaram enxergar uma recuperação apenas em 2021. No caso dos demais segmentos, serviços, comércio e construção, eles são 31,3%, 34,5% e 25,7%, respectivamente.

Os destaques positivos do estudo ficaram por conta dos funcionários das empresas farmacêuticas: 45% deles alegaram já estar operando normalmente. No caso dos supermercados, esse percentual foi de 38%.

Já no caso dos destaques negativos, 57% dos profissionais do setor de alojamentos (57%) acreditam em um retorno apenas em 2021. A categoria é seguida pelas pessoas que trabalham nas áreas de tecidos, vestuários e calçados (52%).

Mas, para aqueles que temem uma piora da situação, outro levantamento da instituição traz um pouco de calma. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da FGV subiu 3,0 pontos em maio, para 42,7 pontos, após atingir mínimas históricas em abril.

Segundo a apresentação divulgada, o resultado pode ser interpretado como uma acomodação do índice em patamar muito baixo, considerando que esse ainda é o segundo menor valor da série.

Ainda não temos notícias positivas, mas, ao que tudo indica, o pior já passou.

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