Ibovespa diminui perdas, mas tem pior sequência de quedas semanais desde março

25 de setembro de 2020

Faltou fôlego para o Ibovespa encerrar o pregão desta sexta-feira no azul. O principal índice acionário brasileiro reverteu parte das perdas no final da tarde, mas encerrou com queda de 0,01% aos 96.999 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,88 bilhões, abaixo da média diária no mês, de R$ 28 bilhões. Já o dólar encerrou mais um dia em alta, ganhando 0,86% e negociado a R$ 5,55.

O Ibovespa teve a maior sequência de semanas em baixa desde março, quando acumulou cinco semanas em queda. Em setembro, o índice acumula recuo de 2,38%, no caminho de registrar pior resultado para o mês desde 2015.

A semana foi marcada por preocupações quanto ao aumento do número de casos de coronavírus nos EUA e na Europa. No plano doméstico, o cenário fiscal brasileiro pesou no humor do investidores.

Em Nova York, o mercado de ações assistiu outra sessão volátil hoje, com o S&P 500 e o Dow Jones fechando em alta, mas acumulando quedas no desempenho semanal: a quarta semana consecutiva de recuo para ambos os índices. Nesta sexta-feira, o Dow Jones subiu 1,34%, enquanto o S&P 500 ganhou 1,60% e o Nasdaq teve alta de 2,26%.

LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações

Entre os principais índices do mercado europeu, apenas o FTSE 100 fechou em alta, subindo 0,34% no dia. O DAX recuou 1,09%, enquanto o CAC 40 teve perdas de 0,69%. O Stoxx 600 recuou 0,10 e o FTSE MIB perdeu 1,10% na sessão.

O mercado precificou hoje dados do IBGE apontando uma leve melhora na taxa de desocupação a 13,7% entre 30 de agosto e 05 de setembro, ante 14,3% na semana anterior, somando 13,044 milhões de desempregados. Também hoje, a Caixa Econômica Federal realizou mais uma etapa de pagamentos do auxílio emergencial. O montante total já soma R$ 207,9 bilhões.

Durante a semana, o ministério da Economia revisou a expectativa para o déficit primário em 2020 para R$ 861 bilhões no ano, ante R$ 787,45 bilhões previstos anteriormente. O acréscimo se deve a prorrogação nos pagamentos do auxílio emergencial até dezembro.

No exterior, o crescimento no número de casos na Europa e a ameaça de novos lockdowns também pesaram sobre o sentimento do mercado nesta semana. Nos EUA, apenas ontem foram confirmadas 44 mil novas infecções por Covid-19, elevando o número total de pessoas contaminadas no país para cerca de 6,98 milhões, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. A volatilidade teve ainda como pano de fundo as eleições norte-americanas e a disputa entre democratas e republicanos em torno de um novo pacote fiscal para a economia do país. (Com Reuters)

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.