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A expansão no próximo ano no Brasil será moderada, de 2,8%, afetada pela menor demanda doméstica que atinge o amplo setor de serviços. Tanto a taxa de queda prevista para o Brasil neste ano, quanto a de crescimento em 2021 são as mais baixas entre as principais economias da América Latina. O FMI ressaltou que os prognósticos assumem que o país obedecerá à regra de teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas.
As economias latino-americanas sofrerão sua maior contração desde, pelo menos, 1960 devido à pandemia, segundo a projeção do FMI. A retomada em 2021 dependerá em grande parte da capacidade dos governos de controlar a crise de saúde e os riscos sociais.
No relatório Perspectivas Econômicas Globais de outubro, o FMI antecipou uma contração da economia latino-americana de 8,1%, menor do que os 9,2% previstos em junho, mas moderou ligeiramente a projeção de expansão para o próximo ano, a 3,6%.
A queda deste ano superará em muito a retração de 2,5% em 1983, em meio à crise da dívida externa, e a de 1,9% do desastre financeiro do final da década passada, segundo série do Banco Mundial.
“Países menores e economias dependentes de matérias-primas e turismo estão em uma posição particularmente difícil”, disse o FMI em comunicado, chamando a atenção para o cenário complexo nas nações caribenhas e para a indústria de transporte aéreo.
O México, que depende fortemente do comércio com os Estados Unidos e inaugurou um novo tratado em julho com o vizinho norte-americano, terá uma queda de 9% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, uma melhora de 1,5 ponto percentual em relação à previsão anterior. Para 2021, o Fundo espera expansão de 3,5%.
A Argentina, que tomou medidas rígidas para controlar o avanço da pandemia e busca se preparar para o desconfinamento, verá um colapso de 11,8% de sua economia em 2020 e crescerá 4,9% em 2021, projeta o Fundo, refletindo o lockdown em um país que há anos se arrasta em crise fiscal.
A economia mundial vai encolher 4,4% neste ano, muito menos do que se temia no auge da pandemia, mas as disparidades na retomada serão acentuadas nas nações com maior vulnerabilidade social, incluindo as economias emergentes, enfatizou o Fundo.
“Cerca de 90 milhões de pessoas podem ficar abaixo do limite de renda de US$ 1,90 neste ano, o que constitui escassez extrema”, destacou o FMI, citando dados fornecidos pelo Banco Mundial. (Com Reuters)
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