Ibovespa segue bolsas globais e fecha em queda; na Europa, índices recuam mais de 2%

15 de outubro de 2020

O Ibovespa interrompeu hoje (15) o ritmo positivo para encerrar a sessão com recuo de 0,28% aos 99.054 pontos. Desta vez, o sentimento negativo sobre o mercado veio do exterior: as novas restrições e medidas de distanciamento social contra o coronavírus na Europa derrubaram as bolsas globais.

Enquanto as bolsas europeias recuavam mais de 2%, o Ibovespa encontrou algum alívio nos papéis das siderúrgicas à espera do balanço trimestral da CSN (CSNA3), que será divulgado ainda hoje. A aversão ao risco global mais uma vez favoreceu o dólar. A divisa avançou 0,48% na sessão contra o real, negociada a R$ 5,62 na venda.

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No cenário político, o Congresso segue em recesso fora de época em função das eleições municipais. O governo aproveita o período para trabalhar na proposta no texto do Renda Cidadã. Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a importância da PEC do Pacto Federativo, afirmando que sua aprovação dará liberdade para a classe política decidir sobre a alocação dos recursos públicos ante o modelo vigente, em que 95% das despesas são obrigatórias. “Eu gosto da versão mais ampla possível. É desindexar, desobrigar e desvincular todos os recursos,” acrescentou.

Voltando ao contexto europeu, o FTSE 100, de Londres, perdeu 1,73% no dia, o DAX recuou 2,49%, o CAC 40 veio em queda de 2,11%, o Stoxx 600 desvalorizou 2,08% e, em Milão, o FTSE MIB caiu 2,77%. Em entrevista à Reuters, o diretor de investimentos da AJ Bell, Russ Mold, afirmou que os “investidores estão nervosos com o que está acontecendo com a Covid-19 e como isso afeta negativamente os empregos e a capacidade de muitas empresas terem sucesso.” Em todo o mundo, mais de 269 mil novas infecções foram confirmadas apenas na última semana.

Wall Street não passou ileso à turbulência do outro lado do oceano. O Dow Jones perdeu 0,07% na sessão, seguido por recuo de 0,15% no S&P 500 e de 0,47% de queda no Nasdaq Composite. O balanço positivo do Morgan Stanley – que reportou crescimento de 26% no lucro líquido no 3T, para US$ 2,60 bilhões – foi ofuscado por uma nova avalanche de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. Os pedidos somaram 898 mil solicitações na última semana, enquanto o mercado aguardava por 830 mil solicitações do benefício no país.

Destaques do pregão na B3

Maiores Altas
CSNA3: +5,92% a R$ 19,49
USIM5: +5,87% a R$ 10,83
JBSS3: +4,75% a R$ 22,40
MRVE3: +3,28% a R$ 18,25
GGBR4: +3,08% a R$ 22,79

Maiores Baixas
PRIO3: -5,34% a R$ 36,33
COGN3: -3,64% a R$ 5,03
IRBR3: -2,65% a R$ 6,97
GNDI3: -2,40% a R$ 67,07
ABEV3: -1,96% a R$ 13,53

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