Trump volta à campanha eleitoral depois de 10 dias afastado com Covid-19

12 de outubro de 2020
Win McNamee _ Equipe/GettyImages

As pesquisas mais recentes na Flórida mostram Biden com uma pequena vantagem.

O presidente norte-americano Donald Trump retoma hoje (12) sua campanha presidencial com um comício no disputado estado da Flórida, depois de dez dias afastado por conta da Covid-19. Será uma corrida intensa de três semanas até as eleições, que acontecem no dia 3 de novembro deste ano.

O evento, em um aeroporto na cidade de Sanford, será o primeiro comício de campanha de Trump desde que ele revelou no início do mês que estava com a Covid-19. Em pronunciamento no domingo (11), Trump, que passou três noites em um hospital em Washington, disse estar completamente recuperado e sem a possibilidade de transmitir a doença.

O presidente do partido republicano está focado em mudar a dinâmica da corrida presidencial. As pesquisas têm apontado o democrata Joe Biden como liderança preferida pelos americanos. Na média das pesquisas do voto nacional, ele está cerca de 10 pontos percentuais (p.p.) acima de Trump.

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Por meses, Trump tentou desviar a atenção do público minimizando o impacto do vírus, que infectou quase 7,7 milhões de pessoas nos Estados Unidos, matou mais de 214.000 e ampliando para 40 milhões o número de desempregados. A infecção de Trump pelo coronavírus ampliou o debate público sobre sua resposta à Covid-19 durante a reta final da corrida presidencial.

Em um sinal de otimismo, Biden segue no início da semana que vem para Ohio, estado em que Trump venceu em 2016 e quase certamente deve vencer novamente. É a segunda viagem de campanha de Biden em duas semanas para Ohio, antes considerado território republicano. As pesquisas agora mostram uma disputa acirrada no estado.

Além do comício da Flórida, nos próximos dias Trump tem atos de campanha marcados para terça-feira (20) na Pensilvânia, Iowa na quarta-feira (21) e Carolina do Norte na quinta-feira (22). Sua postura em relação à pandemia será observada atentamente nessa reta final, especialmente depois que o presidente contraiu o vírus. Críticos o culpam por não encorajar apoiadores em eventos de campanha e até mesmo funcionários da Casa Branca a usar máscaras e a seguir as diretrizes de distanciamento social. Pelo menos 11 assessores próximos de Trump também foram infectados pelo vírus.

Biden, reafirmando a irresponsabilidade de qualquer candidato em realizar eventos em que os participantes não usem máscaras ou não adotem o distanciamento social, criticou a abordagem do presidente. “O presidente Trump vem a Sanford hoje trazendo nada além de comportamento imprudente, retórica divisionista e fomento do medo”, disse Biden em um comunicado.

As pesquisas mais recentes na Flórida, onde uma derrota de Trump poderia estreitar dramaticamente seu caminho para a reeleição, mostram Biden com uma pequena vantagem. Trump venceu na Flórida em 2016 por apenas 1,2 pontos percentuais, o que ajudou a impulsioná-lo para a Casa Branca.(Com Reuters)

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