“Nossa meta é que os serviços de tecnologia representem dois dígitos das nossas receitas”, disse Fernando Teles à Reuters.
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Empresas globais de pagamentos estão agindo para não perderem força já que transações financeiras com cartões de débito e de crédito vêm rapidamente enfrentando a concorrência de uma série de outras modalidades de pagamento digital. A Visa já vende soluções para o mercado de pagamentos instantâneos na Índia, na Rússia e no Reino Unido.
Simultaneamente, a Visa mais recentemente passou a prestar serviços para pagamentos em ambientes fechados baseados em blockchain e a processar transações feitas por bandeiras menores de cartões, nos Estados Unidos. “No longo prazo, esses serviços responderão por uma parcela significativa das receitas da Visa, disse Teles.
Aberto na semana passada para cadastramento, o PIX já teve cerca de 30 milhões de chaves registradas, segundo dados do Banco Central. O sistema, que permitirá fazer transferências bancárias 24 horas por dia, todos os dias do ano, começa a funcionar oficialmente em novembro.
Pegar carona em segmentos em expansão pode também ajudar a compensar impactos recentes da pandemia da Covid-19, o que no caso da Visa fez a empresa experimentar queda de receitas e lucro globais no trimestre encerrado em junho, no primeiro declínio ano a ano desde que a empresa abriu capital em 2008.
No Brasil, disse Teles, a queda no volume de transações por meio de cartões com bandeira Visa chegou a cerca de 40% em abril, no comparativo anual. Com o gradual relaxamento da quarentena em vários Estados do país, o ritmo se recuperou e, nos último semanas, já está até superior ante mesma etapa de 2019.
“Mudamos o processo de aprovação de transações durante a pandemia, que antes era mais detalhado, mas foi atualizado porque os hábitos de consumo mudaram”, afirmou Teles. (Com Reuters)
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