Com avanço em vacina para a Covid-19, Ibovespa segue bolsas globais e fecha em alta

9 de novembro de 2020

O Ibovespa fechou em alta de 2,57% aos 103.515 pontos na sessão desta segunda-feira (9) sustentado pelos papéis das companhias aéreas: as ações da Gol e da Azul subiram 19,94% e 18,43%, respectivamente, após o anúncio de que a vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech contra a Covid-19 demonstrou ter 90% de eficácia em imunização contra a doença.

A Pfizer e BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala. Elas esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos EUA neste mês. Um porta-voz da Pfizer afirmou à Reuters que o governo do presidente Jair Bolsonaro mantém negociações com a farmacêutica no Brasil para comprar a vacina experimental contra a Covid-19 da companhia e incluí-la no Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

O dólar fechou em leve queda contra o real, com recuo de 0,08% e negociado a R$ 5,38 na venda. No ponto mais baixo durante o dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 5,22.

No Brasil, a pauta fiscal continuava no radar dos investidores, em meio a temores de que o governo possa furar seu teto de gastos ao tentar conciliar um Orçamento apertado para o ano que vem com o financiamento de um novo programa de assistência social. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou hoje que o Congresso não deve votar o Orçamento de 2021 ainda este ano, o que pode afetar a nota do Brasil nas agências de classificação de risco.

Otávio Aidar, estrategista-chefe e gestor de moedas da Infinity Asset, disse à Reuters que a notícia também colaborou para uma recuperação no dólar nesta segunda-feira em relação às mínimas do dia.

No exterior, as ações europeias fecharam em máxima de oito meses, com destaque para o CAC-40, de Paris, que subiu 7,57% no dia. Do outro lado do oceano, os principais índices de Wall Street também fecharam no azul: o Dow Jones avançou 2,95% e o S&P 500 teve alta de 1,17% no pregão. Além das notícias positivas para uma vacina, o bom humor do mercado foi sustentado pela vitória de Joe Biden na corrida pela Casa Branca, diminuindo o ambiente de incertezas políticas, apesar do presidente Donald Trump não reconhecer a derrota e avançar na batalha judicial para reverter o resultado das urnas.

Para Luís Felipe Amaral, fundador e gestor de fundos da Equitas, a judicialização do processo eleitoral nos EUA, no entanto, não deve ter grande impacto sobre o mercado de ações.”Os EUA é um país que tem uma governança muito bem estabelecida, com mais de 230 anos de Constituição e o mercado entende isso. Independente dos ruídos políticos de curto prazo – e da resposta do mercado a isso -, o investidor que se propõe a fazer investimentos em ações não deveria olhar para os eventos de curto prazo, que são difíceis de serem previstos e não têm grande impacto no resultado em longo prazo. O investidor deve olhar para o resultado das companhias, para a geração de retorno para os seus acionistas e isso eu acredito que pouco se altera com esses ruídos”, avalia.

Na contramão dos indicadores, o Nasdaq Composite fechou em queda, pressionado pelas ações do Zoom que recuaram 16% no dia após a companhia fechar um acordo com autoridades dos EUA. A empresa alegava ter um nível de segurança que, na prática, não era oferecido aos usuários da plataforma. (Com Reuters)

DESTAQUES DO IBOVESPA

Maiores Altas
GOLL4: +19,94% a R$ 21,05
AZUL4: +18,43% a R$ 30,71
MULT3: +14,00% a R$ 24,51
LREN3: +13,77% a R$ 47,67
EMBR3: +13,13% a R$ 7,41

Maiores Baixas
TOTS3: -5,47% a R$ 29,37
B3SA3: -4,89% a R$ 53,85
VVAR3: -3,54% a R$ 18,54
MGLU3: -3,22% a R$ 26,45
BTOW3: -3,15% a R$ 79,69

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