A empresa, controlada pela chinesa State Grid, também pretende olhar negócios em geração renovável, com foco no desenvolvimento de novos projetos eólicos e solares, embora compras de ativos no segmento também não sejam descartadas.
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A CPFL, que tem mais da metade de seus ativos no segmento de distribuição, quer crescer nesse ramo, mas o setor já está consolidado e não oferecerá novas oportunidades no Brasil a não ser por meio da compra de empresas ou participação em privatizações de concessionárias, acrescentou o executivo.
“Esse então é o canal que temos para crescimento e obviamente temos olhado ele. A gente vê essas oportunidades como boas…olharemos para esse ativos que estão vindo a mercado, CEB e CEEE. É natural que a gente olhe e acho que conseguimos entrar nesse mercado, nessa disputa, de uma maneira diria competitiva.”
O leilão de privatização da unidade de distribuição da CEB, a CEB-D, está previsto para 27 de novembro. Já o Rio Grande do Sul busca viabilizar a licitação dos ativos de distribuição da elétrica local CEEE até o final do ano.
“Claramente a localização geográfica, de fato, é uma variável importante para que a gente consiga gerar mais sinergias. Temos alguns exemplos de investimentos passados nossos… mas, para além disso, também temos um histórico de ativos que não são próximos, mas (nos quais) conseguimos imprimir nossa qualidade e eficiência.”
Em geração, a CPFL avalia ser mais competitiva no desenvolvimento de projetos a partir do zero. A empresa, que possui uma unidade focada em geração limpa, a CPFL Renováveis, avaliará negócios tanto em geração eólica, preferencialmente, quando em solar, segundo o CEO.
Os resultados da CPFL no terceiro trimestre mostraram uma recuperação na demanda de clientes residenciais e uma evolução no consumo da indústria e do comércio, que caíram menos que no trimestre anterior.
Para Estrella, são sinais de recuperação da economia e retomada da indústria, embora o crescimento, em uma visão de longo prazo, possa ser mais lento que no passado. “O fiel da balança talvez seja o déficit fiscal, o sinal que o governo der vai acelerar mais ou menos essa retomada da economia”, afirmou ele, ao mostrar preocupação com um eventual descontrole de gastos, que poderia assustar investidores.
O cenário da CPFL também é de gradual alívio na pandemia, mas riscos de uma segunda onda no Brasil estão no radar.
Apesar dos impactos da pandemia sobre a economia, a CPFL decidiu manter seu pagamento de dividendos referente a 2019, de 75% do lucro, apenas postergando a data de distribuição, destacou Estrella.
A companhia tem uma política de distribuição de ao menos 50% dos lucros desde um re-IPO realizado no ano passado. A decisão sobre os proventos referentes a 2020 ainda não está tomada, e deverá ser discutida no começo de 2021. (Com Reuters)
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