Dona da rede de clínicas de depilação Espaçolaser pede registro para IPO

10 de novembro de 2020
pupunkkop/GettyImages

Nos primeiros nove meses de 2020, a empresa teve prejuízo líquido ajustado de R$ 71,4 milhões, ante lucro ajustado de R$ 97 milhões um ano antes

A MPM Corpóreos, dona da rede de clínicas de depilação Espaçolaser, pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO), ilustrando como o juro em mínima recorde está levando empresas de uma variedade de setores no Brasil a buscar recursos no mercado para financiar projetos de crescimento.

Criado em 2004 pelos sócios Ygor Moura, Paulo Morais e Tito Pinto, que são vendedores na oferta secundária, o grupo se apresenta como o maior do setor no país em faturamento e número de lojas, 554, segundo o prospecto preliminar da operação.

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O Magnólia FIP, fundo da empresa americana de private equity L Catterton, e que detém um terço do capital, também venderá uma participação no IPO, que será coordenado por Itaú BBA, Santander, Vinci Partners e Goldmas Sachs.

A MPM também venderá ações novas, recursos que usará para comprar participações em controladas, adquirir 78 unidades de franqueados e para expansão, segundo o documento protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Espaçolaser se fia nas chances de ganhar participação no altamente fragmentado mercado brasileiro de estética e cuidados pessoais, o quarto maior do mundo, segundo estudo citado no documento.

A companhia teve receita líquida de R$ 315 milhões de janeiro a setembro deste ano, recuo de 37% ante mesma etapa de 2019, afetada pela forte queda das atividades entre os meses de abril e maio, diante das medidas de isolamento social para conter o coronavírus. Mas afirma que já retomou todas as atividades para níveis anteriores aos do início da pandemia.

Nos primeiros nove meses de 2020, a empresa teve prejuízo líquido ajustado de R$ 71,4 milhões, ante lucro ajustado de R$ 97 milhões um ano antes.

O anúncio da Espaçolaser ilustra como empresas de uma variedade crescente de setores tem mostrado interesse de financiar projetos de expansão por meio de listagem em bolsa, uma novidade no mercado acionário brasileiro tradicionalmente concentrado em segmentos como energia, bancos e commodities.

Só em 2020, a B3 já viu a estreia das primeiras empresas de estacionamentos, rede de lojas de cuidados com animais, bureau de crédito, brechó online e de equipamentos para geração de energia eólica, entre outras. (Com Reuters)

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