Segundo apresentação da companhia, a alavancagem da Neoenergia era de 2,85 vezes (dívida líquida/Ebitda) no final do terceiro trimestre, com o endividamento líquido da companhia estimado em R$ 16,8 bilhões.
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“Tem concentração baixa da dívida em 21 e 22, ela está bem distribuída, a gente não vê preocupação com a questão da alavancagem”, acrescentou.
Questionado se a bilionária aquisição da CEB, que atua no Distrito Federal, poderia afetar o apetite da Neoenergia pelo leilão de projetos de transmissão no Brasil, previsto para 17 de dezembro, o executivo indicou que não.
“Estamos concluindo grande parte dos projetos de transmissão…vamos reavaliar a estratégia do leilão, mas, caso a gente tenha êxito, esse capex não vai pressionar alavancagem em 2021”, afirmou Gadelha.
“O apetite no leilão depende do cumprimento da disciplina de capital que a Neoenergia tem. O apetite será marcado pela rentabilidade dos ativos”, acrescentou o presidente da empresa, Mario José Ruiz-Tagle, em evento com investidores e analistas.
Segundo a apresentação, a aquisição da CEB será suportada exclusivamente pelo balanço da Neoenergia, sem a necessidade de aumento de capital.
A empresa disse ainda que tem acesso a diferentes fontes de financiamento, com “custos extremamente competitivos”.
Os executivos justificaram a aquisição da CEB apontando que o ativo é uma das “últimas oportunidades de consolidação do setor de distribuição do Brasil”, além do fato de Brasília contar com o maior PIB per capita do país, o que garante potencial máximo de agregação de valor à empresa.
A Neoenergia também prevê, no que diz respeito ao combate eficiente a perdas da CEB, ficar dentro dos limites regulatórios até 2023, por meio da regularização da maior parte dos clientes clandestinos (já mapeados), nos primeiros dois anos.
Em relação ao combate à inadimplência, a empresa espera se adequar ao nível regulatório em quatro anos, com aumento de ações de campo, além de revisão de condições de renegociação para os clientes em atraso.
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