Fundada em 2012 com o nome itBit, a Paxos foi uma das primeiras startups do setor a operar de forma regulada, oferecendo serviços de custódia para criptos nos EUA. Em outubro, a gigante de pagamentos Paypal lançou um serviço de negociação de criptomoedas em parceria com a Paxos, permitindo a realização de compras através da plataforma com o bitcoin.
“Nossa pipeline se expandiu muito, ultrapassando os bilhões de clientes através da parceria. E essa grande mudança em nosso pipeline é em parte o motivo pelo qual precisamos levantar esse capital, para realmente aproveitar as oportunidades de crescimento que estamos vendo no momento”, disse o cofundador e CEO da Paxos, Charles Cascarilla.
A notícia do investimento chega no dia seguinte ao bitcoin ter ultrapassado a marca dos US$ 20 mil pela primeira vez e a Paxos provavelmente desempenhou um papel no aumento meteórico da criptomoeda durante o segundo semestre do ano. Em 21 de outubro, o PayPal anunciou sua entrada no mercado das criptos, integrando os serviços Paxos à plataforma e dando a seus 350 milhões de clientes acesso ao bitcoin e a algumas outras criptomoedas.
A adoção das criptomoedas pelo PayPal coincidiu com o rally do bitcoin. Para alguns analistas, a gigante de pagamentos on-line está alimentando o pico. No início de julho, a divisão norte-americana da fintech sediada no Reino Unido, Revolut, integrou a tecnologia da Paxos em seu aplicativo, permitindo que seus clientes da Revolut comprassem, guardassem e vendessem bitcoin e ethereum em 49 estados americanos.
A Paxos, no entanto, tenta não se posicionar como um empreendimento puramente cripto nativo, reforçando seu compromisso de fornecer infraestrutura para múltiplas classes de ativos. Em fevereiro, a empresa facilitou o que descreve como a primeira aplicação da blockchain para ações listadas nos Estados Unidos quando o Credit Suisse e a Nomura Instinet começaram a usar o serviço de liquidação Paxos Settlement Service – em blockchain – para liquidar as negociações de ações.
Em 8 de dezembro, a Paxos protocolou um pedido junto ao Departamento de Controle de Moedas (OCC, na sigla em inglês), responsável pela supervisão de bancos nacionais e estrangeiros. Se concedido, a Paxos será a primeira custodiante de ativos digitais a ser regulamentada tanto em nível estadual, quanto federal. Em 2015, a fintech tornou-se uma das primeiras empresas regulamentadas no estado de Nova York a oferecer produtos e serviços em criptomoedas.
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