O posicionamento vai de encontro com o discurso do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que afirmou hoje (20) que o país vai manter o suporte necessário para sua recuperação econômica em 2021, segundo a mídia estatal. Ele acrescentou que o desenvolvimento da China ainda enfrenta desafios e incertezas relativamente grandes neste ano.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
Eles são influentes em Pequim, e suas recomendações devem ser consideradas. Pedidos de aprofundamento das reformas para incentivar o consumo doméstico têm aumentado desde que o chefe de Estado chinês apresentou a estratégia de dupla circulação no ano passado. Permitir mais migração para cidades, aumentar o salário mínimo e relaxar restrições como a que incide sobre a venda de carros em grandes cidades podem ser algumas das iniciativas avaliadas, disseram os assessores.
A economia da China cresceu 2,3% em 2020, de acordo com dados oficiais divulgados nesta semana, sendo provavelmente a única grande economia a expandir no ano passado. Mas as vendas no varejo caíram 3,9% no ano, marcando a primeira contração desde 1968, e o consumo final pesou sobre o crescimento pela primeira vez em ao menos quatro décadas, segundo os dados.
De forma preocupante para as autoridades, as vendas varejistas subiram apenas 4,6% em dezembro na comparação anual, abaixo das expectativas e enfraquecendo pela primeira vez desde que passou a aumentar sustentadamente ante as perdas provocadas pela pandemia.
Os assessores disseram à Reuters que, para aumentar o consumo, a renda precisa subir. E para isso, os empregos são essenciais. “Devemos começar com a estabilização do emprego, porque só podemos aumentar a renda do cidadão comum quando o emprego estiver garantido”, disse Xu Hongcai, vice-diretor da comissão de política econômica da Associação Chinesa de Ciência Política.
Hongcai disse que aumentar o salário mínimo, permitir que mais moradores rurais se mudem para as cidades e fortalecer as redes de segurança social vão ajudar a aumentar a renda, portanto, os gastos, no longo prazo. (com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.