O espaço na capital paulistana, que atraiu o investimento de um grupo de pessoas não negras – além de grandes marcas como Extra (por meio do Instituto GPA), Facebook, Fundação Tide Setubal e Mercado Livre –, tem o objetivo de equipar empreendedores negros para a economia digital, bem como apoiar empresas que queiram passar por processos de letramento racial de forma intensiva.
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Em sua versão atualizada, a Casa inclui um estúdio para gravação de podcasts, cozinha industrial para criação de programas de gastronomia e um portfólio de serviços relacionados, como técnico de som e produção de vídeo, oferecidos por outros profissionais negros. “A Casa funciona segundo o conceito de bioma, com empreendedores ajudando outros empreendedores”, diz Adriana.
Como parte de seus objetivos de impacto social, ela quer contribuir para a revitalização do Centro de São Paulo e causar uma “transformação sistêmica” para criar e desenvolver mais empreendedores negros à frente de negócios de base tecnológica. “Queremos oferecer uma garantia em letramento digital para os empreendedores negros: ‘ecossistema’, ‘startup’, ‘unicórnio’ são termos de um grupo muito fechado e precisam ser decodificados. Além disso, oferecemos acesso a infraestrutura, como internet de boa qualidade, e exposição à cultura digital.”
Além da Casa, que deve ganhar franquias no Recôncavo Baiano e no Rio de Janeiro nos próximos meses, Adriana trabalha na digitalização de seus programas de formação empreendedora e prepara o Festival Feira Preta – realizado pela primeira vez online, entre 20 e 28 de novembro –, além do lançamento da versão digital da Feira Preta em janeiro em parceria com o Santander. A aproximação com o banco também visa projetos em serviços financeiros que atendem às necessidades específicas de empreendedores negros. “Um público investidor negro precisa ser formado, e é preciso ter equidade racial nos investimentos, com ações afirmativas voltadas a iniciativas lideradas por pessoas negras. Além disso, instituições financeiras também precisam ficar de olho nos algoritmos, que podem limitar as possibilidades para esses empreendedores.”
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